Um sinal de pele, é uma alteração na pele que se manifesta como uma marca, mancha ou pápula (com relevo). Esses sinais podem variar em tamanho, forma, cor e textura. O sinal de pele é popularmente conhecido como pinta e dermatologicamente falando são chamados de nevos melanocíticos.
Os nevos melanocíticos são formações benignas compostas por células chamadas melanócitos, que são responsáveis pela produção de melanina, o pigmento que dá cor à pele, cabelos e olhos. Podem variar em tamanho, cor e forma. Geralmente são de cor marrom ou preta, mas também podem ser avermelhadas, rosadas ou até mesmo incolores. A forma pode ser plana ou elevada, e o tamanho varia desde pequenas manchas até lesões maiores.
A maioria dos nevos melanocíticos é adquirida ao longo da vida e é resultado da genética de cada pessoa e também influenciado pela exposição ao sol. Eles podem aparecer em qualquer parte do corpo, incluindo o couro cabeludo, o rosto, o pescoço, os braços, as pernas, tronco, região genital, palmas das mãos e plantas dos pés. Alguns nevos são presentes desde o nascimento e são chamados de nevos congênitos.
A maioria dos nevos melanocíticos é inofensiva e não requer tratamento. No entanto, é importante estar atento a qualquer mudança na aparência, tamanho, cor ou forma dos nevos, pois pode ser um sinal de alerta para a presença de câncer de pele, como o melanoma.
Quais sinais de alerta ou característica preocupante? Caso o sinal sofra alguma modificação em tamanho e/ou cor em um curto período de tempo; pintas que sangram, coçam, doem, ardem. Existe uma regra chamada ABCDE que podemos usar para tentar identificar alguma lesão suspeita; essa regra pode não ser certeira e alguns tipos de cânceres de pele podem não seguir essa regra, mas contribui para identificar alguma lesão suspeita. A de assimetria, B de bordas irregulares, C de cores diferentes, D diâmetro > 6 mm, e E de evolução. Caso você perceba alguma alteração ou tenha alguma dúvida, o dermatologista deve ser buscado para melhor elucidação diagnóstica.
Como saber se uma pinta pode ser retirada? Caso haja necessidade de alteração na evolução da pinta, ou caso ela tenha alguma alteração a dermatsocopia.
Como se retira uma pinta? Normalmente é realizado no consultório com anestesia local e a lesão deve ser enviada para análise.
Verrugas são lesões cutâneas causadas por infecções virais comuns, principalmente pelo papilomavírus humano (HPV) que infecta as camadas mais superficiais da pele, ele se multiplica rapidamente nessas células levando a crescimentos anormais na queratina da superfície da pele, contribuindo para aparência áspera e elevada, característica das verrugas em couve-flor. As verrugas geralmente têm uma aparência áspera e elevada, podendo variar em tamanho, forma e cor, dependendo do tipo de HPV envolvido.
Como é transmitido o HPV da verruga? Geralmente por meio de pequenas lesões ou cortes na pele, o HPV é transmitido principalmente por contato direto com a pele infectada, podendo ocorrer através do toque, compartilhamento de objetos pessoais, contato sexual (no caso das verrugas genitais).
É importante ressaltar que nem todas as pessoas infectadas pelo HPV desenvolvem verrugas visíveis. Algumas pessoas podem ser portadoras assintomáticas do vírus, mas ainda assim podem transmiti-lo a outras pessoas. Além disso, as verrugas podem desaparecer espontaneamente ao longo do tempo, mas também podem persistir ou se espalhar sem tratamento adequado.
Quais são os tipos de verrugas? Existem as verrugas vulgaris que são as mais comuns e geralmente aparecem nas mãos, dedos, cotovelos e joelhos. Elas têm uma aparência áspera, elevada e podem ter uma superfície granulada. As verrugas comuns podem variar em tamanho e podem ter pontinhos pretos no centro, conhecidos como pontos negros.
As verrugas plantares aparecem na planta dos pés, frequentemente nas áreas de maior pressão e podem ser dolorosas ao caminhar. As verrugas planas são geralmente pequenas e têm uma aparência plana e lisa; elas costumam aparecer em grupos e são mais comuns no rosto, pescoço, mãos e pernas. Verrugas genitais (condiloma acuminado) são transmitidas principalmente através do contato sexual e afetam as áreas genitais e perianais. Verrugas filiformes têm um aspecto alongado e pendente, com uma aparência semelhante a uma fibra ou filamento.
É importante lembrar que essas descrições são apenas características gerais e que o diagnóstico preciso de qualquer tipo de verruga deve ser feito no consultório por um dermatologista especialista.
Todas as verrugas precisam ser tratadas? É recomendado devido ao risco de contaminar outras pessoas e alguns casos poder evoluir para cancer de pele, mas também pode ser retirada por razões estéticas, desconforto ou quando as verrugas estão localizadas em áreas que causam interferência com as atividades diárias.
Como é feito o tratamento das verrugas? Podem variar, dependendo do tipo, tamanho, localização e quantidade de verrugas e também da idade do indivíduo. Eles podem incluir medicamentos tópicos de uso domiciliar, congelamento com nitrogênio líquido (crioterapia ou criocirurgia), aplicação de ácidos no consultório (acido nítrico fumegante, ácido tricloroacético), eletrocauterização, terapia a laser, imunoterapia injetável ou remoção cirúrgica.
Posso tratar as verrugas usando produtos sem consultar? O maior risco é o produto ser cáustico e esse produto cair na pele ao redor da verruga e deixar essa área com uma cicatriz. Portanto, buscar orientação do dermatologista é a melhor saída para o tratamento de verrugas.
Também conhecida como ceratose solar, é uma lesão pré-cancerosa na pele que se desenvolve após exposição crônica à radiação ultravioleta (UV) do sol ou a fontes artificiais de UV, como câmaras de bronzeamento. É mais comum em áreas expostas ao sol, como face, couro cabeludo, orelhas, pescoço, dorso das mãos e antebraços.
A ceratose actínica é caracterizada pelo surgimento de manchas ásperas, escamosas e avermelhadas na pele. Elas podem variar em tamanho e cor, podendo ser desde pequenas manchas até lesões maiores e mais espessas. As lesões costumam ser ásperas ao toque, semelhantes a uma casca áspera ou uma crosta persistente.
Porque realizar o tratamento dessas lesões? Algumas lesões podem evoluir para câncer de pele. No entanto, nem toda lesão evoluirá para câncer de pele. Por não sabermos qual lesão se tornará cancer de pele, é recomendado o tratamento localizado e após, realizar o tratamento de campo.
Como realizar o tratamento? Pode envolver métodos como crioterapia (congelamento com nitrogênio líquido), terapia tópica com medicamentos, curetagem, eletrocauterização, terapia fotodinâmica ou remoção cirúrgica, dependendo do tamanho, localização e quantidade de lesões.
Após o tratamento é comum as lesões voltarem? Pela pele da pessoa que já possui a ceratose actínica ter tido um acúmulo de dano solar grande, é possível que surja uma lesão ao redor (surgimento de uma nova lesão) ou o indíviduo ter alguma lesão de maior recidiva no tratamento (actínica hipertrófica).
Como é feito o tratamento de campo de cancerização? É realizado com tratamento tópico de uso domiciliar nos casos de maior risco para desenvolvimento de novas lesões de ceratoses actínicas.
Como previnir o surgimento de ceratoses actínicas? Uma forma efetiva seria uso de protetor solar para prevenção de câncer de pele, essa forma de prevenção já previne contra as ceratoses actínicas.
O melasma é uma condição dermatológica comum que provoca o surgimento de manchas escuras na pele, especialmente no rosto. É mais comum em mulheres, mas também acomete homens e pode ocorrer devido a uma combinação de fatores genéticos, hormonais e exposição ao sol. Aqui no Brasil, nossa miscigenação racial nos coloca em risco de termos melasma.
As manchas de melasma geralmente são simétricas e têm uma coloração marrom ou acastanhada. Elas podem variar em tamanho e formato, aparecendo principalmente nas áreas da testa, bochechas, nariz, lábio superior e queixo. Pode surgir em áreas extrafaciais como no colo, antebraços e braços. O melasma não causa sintomas físicos além das manchas, mas pode ser uma preocupação estética e psicológica para muitas pessoas.
Por que tratar o melasma? Ele pode ter um impacto significativo no bem-estar psicológico das pessoas afetadas. As manchas escuras na pele podem afetar a autoestima, a autoimagem e a confiança, levando a sentimentos de vergonha, frustração, ansiedade e até mesmo depressão em alguns casos. O melasma pode ser percebido como uma marcação indesejada e pode fazer com que as pessoas se sintam autocríticas em relação à sua aparência. Isso pode levar a um isolamento social e a evitar situações em que a pele esteja exposta, afetando negativamente a qualidade de vida. Além disso, o melasma pode ser uma condição crônica e persistente, o que pode aumentar a carga emocional e a frustração associadas à sua gestão. O processo de tratamento pode ser demorado e nem sempre garantir resultados completos, o que pode causar desânimo e desesperança em algumas pessoas.
Qual é a causa do melasma? A causa exata do melasma não seja totalmente compreendida, a exposição ao sol com a radiação ultravioleta (UV) do sol é um dos principais desencadeadores do melasma. A exposição ao sol estimula a produção de melanina, o pigmento responsável pela coloração da pele. Pessoas com melasma tendem a ter uma resposta exagerada à exposição solar, levando ao surgimento de manchas escuras.
Alguns fatores hormonais podem influenciar (principalmente na gestação). A Predisposição genética principalmente de pessoas com parentes próximos que têm melasma podem ter um maior risco de desenvolver a condição. Alguns outros fatores podem influenciar como distúrbios da tireoide e desequilíbrios hormonais, podem estar associadas ao melasma. Além disso, certos medicamentos, como alguns anticonvulsivantes e medicamentos hormonais, podem desencadear ou agravar o melasma em algumas pessoas.
É importante ressaltar que o melasma pode ser influenciado por uma combinação desses fatores. Cada pessoa é única, e os fatores específicos que contribuem para o desenvolvimento do melasma podem variar de caso para caso.
Qual é o tratamento? Muitas pessoas acham que o tratamento é somente realizado com clareadores, mas antes disso, é importante reconhecer o impacto psicológico do melasma e buscar apoio emocional, se necessário. Falar sobre suas preocupações pode ajudar a obter orientação adequada, apoio emocional e estratégias de enfrentamento. É fundamental lembrar que o melasma não define a beleza ou o valor de uma pessoa. Cuidar da saúde mental e buscar um equilíbrio entre a aparência física e a aceitação de si mesmo são aspectos essenciais para enfrentar os desafios emocionais relacionados ao melasma. Já falando de produtos para tratamento, o uso de protetor solar diariamente, chapéus, roupas de proteção solar são essenciais para o tratamento. Além disso, produtos de uso domiciliar como agentes despigmentantes tópicos (como hidroquinona, ácido azelaico, ácido kójico), retinoides, corticosteroides podem ajudar. Tratamentos de última linha no consultório com peelings específicos (temos na clínica a prescrição do melhor clareador tópico para uso em consultório) e também laser (que destrói o pigmento, como se fosse pigmento de tatuagem) que amenizam bastante a coloração do melasma, uniformiza a tonalidade da pele e estimula o colágeno dérmico também perdido por ação do melasma.
A rosácea é uma condição cutânea crônica que afeta principalmente o rosto. Caracterizada por vermelhidão persistente, inflamação e, em alguns casos, lesões semelhantes à acne, a rosácea pode ser uma preocupação estética e também pode causar desconforto físico.
A causa exata da rosácea ainda não é totalmente compreendida. No entanto, existem vários fatores que se acredita contribuírem para o seu desenvolvimento. Alguns dos principais fatores relacionados é a disfunção dos vasos sanguíneos do rosto podem dilatar de forma anormal, causando vermelhidão e inflamação. A inflamação crônica exagerada da pele, resultando em vermelhidão e eventualmente coceira e bolinhas semelhantes a acne. Fatores genéticos. Estudos sugerem que pessoas com rosácea podem ter uma população maior de ácaros Demodex em suas peles, o que pode desencadear uma resposta inflamatória.
Rosácea pode ser eritematosa, papulosa, fimatosa e, também, ocular.
O que pode agravar um quadro de rosácea? Alguns fatores que podem desencadear são a exposição ao sol, alimentos picantes, álcool, variações de temperatura (quente->frio, frio->quente), estresse emocional e certos produtos para a pele.
Quais os sintomas e os sinais da rosácea na pele?
Quais os tratamentos possíveis? Embora a rosácea não tenha cura definitiva, existem opções de tratamento disponíveis para controlar os sintomas e melhorar a aparência da pele. O mais importante é ter uma rotina de pele para quem tem rosácea (preferir loções ou gel-creme para restaurar a barreira da pele; sabonetes para pele sensível), protetor solar que não arda/irrite os olhos. Alguns tratamentos comuns incluem o uso de medicamentos tópicos, antibióticos orais, terapia a laser e esses cuidados com a pele específicos para a rosácea.
Quando realizar laser para melhorar a rosácea? Se tiver eritema (vermelhidão) podemos realizar LIP (luz intensa pulsada) ou usar laser mais específico para vasos (1064 nm – ethera ou fotona spectro).
A alergia na pele, também conhecida como dermatite de contato, é uma reação inflamatória da pele causada por uma resposta imunológica exagerada a substâncias estranhas após o contato com a pele do corpo, chamadas alérgenos. Esses alérgenos podem ser diferentes para cada pessoa e incluem substâncias como pólen, pelos de animais, alimentos, medicamentos, produtos químicos, inclusive produtos “naturais” e “óleos essenciais”.
Quais os sintomas? Pode acontecer vermelhidão, coceira, inchaço, descamação, bolhas ou erupções cutâneas.
Existe mais de um tipo de dermatite de contato? Sim, dividimos ela entre alérgica e por irritante primário. A por irritante primário é mais comum.
Como acontece a dermatite de contato alérgica? Quando uma pessoa sensível entra em contato com um alérgeno específico, o sistema imunológico reage produzindo uma resposta imunológica exagerada, liberando substâncias inflamatórias que causam os sintomas característicos da alergia na pele.
Como acontece a dermatite de contato por irritante primário? A substância que entra em contato com a pele, que se for irritativo para a pele, também poderá causar esses sintomas. Uma das doenças que vimos durante a pandemia é a dermatite de contato por irritante primário devido ao uso constante de álcool gel e também por aumento da frequência da lavagem das mãos – sendo o sabonete e o álcool produtos que ressecam a pele, deixando ela mais sensível e perdendo a barreira de proteção. ela ocorre quando a pele entra em contato direto com uma substância irritante e não alérgica, como produtos químicos, detergentes, ácidos, solventes ou mesmo substâncias ásperas, como certos tecidos ou materiais.
Como saber qual substância tenho alergia? Durante a consulta averiguamos qual método poderemos identificar – existem os exames laboratoriais (sangue), os feitos em consultório (prick test/teste de puntura cutânea e/ou intradérmico e também o patch test/adesivos na pele) e alguns realizados em casa e consultório (teste de desencadeamento).
Quais as formas de tratamento? Após identificado a causa e tratado o processo alérgico, existem formas de dessensibilização (exposição ao agente de forma controlada), para tentar evitar crises. No entanto, alguns casos exigem a suspensão total do agente irritante ou alérgico.
São condições causadas por infecção superficial de fungos que afetam a camada externa da pele, as unhas ou os cabelos. Os fungos responsáveis por essas infecções podem ser encontrados naturalmente na pele, mas em certas condições favoráveis, como um ambiente quente e úmido, eles podem se proliferar e causar sintomas.
Existem diferentes tipos de micoses na pele, cada um com características e sintomas específicos. Alguns exemplos comuns incluem:
Qual o tratamento? O tratamento das micoses na pele geralmente envolve o uso de medicamentos antifúngicos tópicos, como cremes, loções ou sprays, que devem ser aplicados diretamente na área afetada. Em casos mais extensos, graves ou resistentes, podem ser prescritos medicamentos antifúngicos orais. Além disso, é importante manter a pele limpa e seca, evitar compartilhar itens pessoais, como toalhas e roupas, e adotar medidas de higiene adequadas para prevenir a disseminação das infecções fúngicas.
Existem micoses profundas? Sim, existem. Por isso é realmente importante o diagnóstico dermatológico antes de se medicar. Em outras, aqui estão alguns tipos de micoses subcutâneas/sistemicas: esporotricose, cromoblastomicose, micetoma, lobomicose, histoplasmose.
Como tentar prevenir as micoses superficiais? Não existe regra clara, pois cada indivíduo, dependendo dos seus hábitos de vida, será necessária uma orientação individual. Mas, aqui citarei algumas situações que podem te ajudar.
1. Mantenha a pele limpa e seca: Fungos tendem a se proliferar em ambientes úmidos. Portanto, tome banhos regulares e seque bem a pele, especialmente em áreas de dobras e regiões propensas à transpiração, como axilas, virilha e entre os dedos dos pés.
Acne é uma condição comum da pele que ocorre quando os folículos capilares da pele ficam obstruídos por sebo (óleo natural da pele) e células mortas associadas a inflamação local, resultando na formação de espinhas, cravos, cistos e inflamações. É mais comumente observada na adolescência devido às mudanças hormonais que ocorrem nessa fase, mas também pode afetar pessoas de outras faixas etárias, incluindo adultos, principalmente em mulheres.
Como ocorre o surgimento da acne? É um processo complexo que envolve vários fatores biológicos, mas é principalmente mediado pela genética individual de cada pessoa. Os principais eventos biológicos envolvidos na formação da acne são:
Quais os sintomas da acne? Os cravos (comedões abertos ou fechados) também são considerados um evento da acne: são poros obstruídos que ficam abertos e expostos à superfície da pele, apresentando uma coloração preta ou marrom. Lesões inflamadas: as espinhas podem se tornar inflamadas devido à proliferação de bactérias na pele, resultando em lesões avermelhadas e dolorosas. Cistos, nódulos e abscessos: formam-se quando as lesões inflamadas se agravam, resultando em lesões maiores e mais profundas que podem ser sensíveis e causar cicatrizes. Acne eritematosa: aquela cicatriz que fica vermelha na pele, ela é relacionada com o processo inflamatório da acne.
Quais locais do corpo pode surgir? A acne pode ocorrer em várias partes do corpo, incluindo o rosto, pescoço, peito, costas e ombros.
Qual a implicação se eu não tratar a acne? Se a acne não for tratada, ela pode persistir e causar vários problemas, tanto físicos quanto emocionais. Aqui estão algumas possíveis consequências de não tratar a acne:
Todos os tipos de acne são iguais? Não, dependendo da faixa etária e do histórico de cada indivíduo, eventualmente há necessidade de investigações complementares. Existe a acne neonatal (período logo após o nascimento de um bebe), acne da idade adulta (aqui pode surgir a acne da mulher adulta – que pode ser um surgimento recente ou persistente desde a adolescência), acne cosmética (causada por produtos de uso no skin care), erupção acneiforme (quando a pessoa utiliza algum medicamento tópico/sistêmico ou algum agente físico em excesso, como o sol, e acaba desencadeando um quadro sistêmico).
Quais os tratamentos para a acne? É complexo, pois depende do diagnóstico correto, das condições clínicas de cada indivíduo, dos tratamentos já tentados, e eventualmente após realização de alguns exames de investigação. Mas podemos citar alguns tipos de tratamento.
Como tratar as cicatrizes de acne? O tratamento de cicatrizes de acne pode variar dependendo do tipo e gravidade das cicatrizes. Como há alteração do colágeno/elastina e perda da superficialidade da pele, normalmente esses tratamentos envolvem procedimentos dermatológicos para melhora das lesões.
A psoríase é uma doença crônica e inflamatória da pele.. É uma condição imuno-mediada, o que significa que o sistema imunológico do corpo ataca as células saudáveis da pele por um desencadeamento genético. Isso resulta em um processo acelerado de crescimento das células da pele, levando à formação de placas espessas, avermelhadas e escamosas.
As causas exatas da psoríase ainda não são completamente compreendidas, mas sabe-se que fatores genéticos e imunológicos desempenham um papel importante. A doença pode ser desencadeada ou agravada por vários fatores, incluindo estresse, infecções, lesões na pele, certos medicamentos e alterações hormonais.
Como biologicamente surgem as lesões? Os linfócitos T desempenham um papel fundamental na psoríase. Em indivíduos afetados, certos subtipos de linfócitos T, como os linfócitos T citotóxicos CD8+ e os linfócitos T auxiliares CD4+, são ativados e infiltram as lesões de psoríase. A ativação dos linfócitos T leva à liberação de várias citocinas pró-inflamatórias, como interleucina-17 (IL-17), interleucina-23 (IL-23), interleucina-22 (IL-22) e fator de necrose tumoral alfa (TNF-α). Essas citocinas desempenham um papel crucial no desenvolvimento da inflamação crônica e na produção excessiva de queratinócitos (células da pele), fazendo com que os queratinócitos se multipliquem rapidamente e migrem para a camada externa da pele, formando as placas espessas de pele, com base avermelhadas e escamosas características da psoríase.
Quais os sintomas da psoríase? Placas vermelhas e escamosas na pele – essas placas geralmente são cobertas por escamas brancas prateadas e podem aparecer em qualquer parte do corpo, mas são mais comuns nos cotovelos, joelhos, couro cabeludo, costas e região sacral. Coceira e desconforto: As placas psoriásicas podem ser acompanhadas de coceira intensa, sensação de queimação ou dor. Unhas afetadas: Algumas pessoas com psoríase podem desenvolver alterações nas unhas, como descoloração, espessamento, sulcos ou desprendimento da unha. Artrite psoriásica: Em alguns casos, a psoríase também pode afetar as articulações, causando inflamação e dor.
A psoríase pode ter uma associação bem importante com outras doenças internas? Sim, estudos científicos têm mostrado uma associação entre a psoríase e um maior risco de doenças cardiovasculares. Pessoas com psoríase têm uma maior probabilidade de desenvolver condições como doença cardíaca coronária (infarto do miocárdio), acidente vascular cerebral (AVC), hipertensão arterial, diabetes tipo 2, dislipidemia (níveis anormais de lipídios no sangue) e obesidade, que são fatores de risco para problemas cardiovasculares. Embora a relação exata entre a psoríase e as doenças cardiovasculares ainda não seja totalmente compreendida, existem várias teorias sobre os mecanismos subjacentes a essa associação que se justificam pela inflamação crônica dos vasos sanguíneos e terem fatores de risco semelhantes (obesidade, resistencia a insulina, dislipidemia, tabagismo, dislipidemia). É recomendado que as pessoas com psoríase realizem exames regulares para avaliar sua saúde cardiovascular, além de adotar hábitos de vida saudáveis, como praticar exercícios físicos regularmente, seguir uma dieta equilibrada, controlar o peso, não fumar e manter um acompanhamento médico adequado.
Quais os tratamentos da psoríase? A psoríase não tem cura, mas existem várias opções de tratamento disponíveis para controlar os sintomas e melhorar a qualidade de vida das pessoas afetadas. Os tratamentos podem incluir terapia tópica (cremes, pomadas), fototerapia (exposição controlada à luz ultravioleta) e medicamentos sistêmicos (como retinoides, imunossupressores ou medicamentos biológicos). O tratamento adequado varia de acordo com a gravidade da condição e as necessidades individuais do paciente, sendo importante consultar um dermatologista especialista em doenças imunomediadas para receber um diagnóstico preciso e um plano de tratamento adequado.
Quais tratamentos imunobiológicos disponíveis no Brasil? Adalimumabe (humira), secuquinumabe (cosentyx), ixequizumabe (taltz), ustequinumabe (stelara), risanquizumabe (skyrizi), guselcumabe (tremfya), brodalumabe (kyntheum).
Como ter acesso a esses medicamentos de alto custo? Hoje em dia o acesso é via SUS (sistema único de saúde). Mesmo consultando e forma particular, o médico consegue emitir uma receita e o beneficiário que é o paciente consegue realizar entrada nos papéis e acesso ao medicamento mesmo sem consultar com médico via SUS.
Consigo esse medicamento via plano de saúde? Sim, os medicamentos, na sua maioria, hoje em dia estão no ROL da ANS (Agencia Nacional de Seguros). Se teu convênio se encaixar na ANS, ele tem o papel de cobrir essa terapia de alto custo, conforme teu contrato com o convênio (cuidar, pois alguns convênios possuem co-participação e o medicamento é parcialmente pago pelo paciente e parcialmente pago pelo convênio). Mesmo consultando de forma particular com médico não-conveniado ao teu plano de saúde, você conseguirá acesso ao medicamento com laudos/declarações do dermatologista especialista nessa área.
Nos meus atendimentos, como sou especialista em terapia com imunobiológicos, caso você tenha indicação a esses medicamentos, mesmo você consultando de forma particular com/sem convênio de saúde, conseguimos acesso ao medicamento da melhor forma para você. Seja via convênio (mesmo que eu não seja vinculado ao teu convênio) ou via SUS (mesmo não atendendo mais no SUS).
O câncer de pele é um tipo de câncer que se desenvolve nas células da pele. É o tipo mais comum de câncer em todo o mundo e ocorre quando as células da pele sofrem danos no material genético (DNA) devido à exposição excessiva aos raios ultravioleta (UV) do sol ou outras fontes de radiação, como camas de bronzeamento. Segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), no Brasil, existem mais de 180 mil novos casos de câncer de pele por ano. Estima-se que 1 entre cada 4 casos de câncer diagnosticados se originam na pele ou nas mucosas.
Existem três principais tipos de câncer de pele:
Quais os sintomas do câncer de pele? O câncer de pele pode se assemelhar a algumas lesões benignas como eczemas, verrugas, alergias, pintas; somente um exame completo feito por dermatologista especialista e com dermatoscopia e as vezes biópsia da lesão será necessária para identificação se é realmente câncer de pele ou não. Alguns sintomas e sinais podem ajudar no rastreio, que seguem a seguir:
Para que serve a regra do ABCDE? Ela pode ajudar a identificar uma lesão suspeita. No entanto, não substitui consulta com dermatologista. Não deixe de buscar atendimento.
A: Assimetria. Quando um lado da pinta é diferente do outro.
B: Bordo. Quando o contorno da pinta é irregular.
C: Cor. Quando a pinta tem várias tonalidades de cores.
D: Diâmetro. Se a lesão tem mais de 6 milímetros.
E: Evolução. Quando a pinta está modificando (crescendo ou diminuindo).
Se eu identificar um câncer de pele, qual o tratamento? Quanto mais cedo identificarmos, melhores as chances de cura. O melhor tratamento inicialmente é a cirurgia para retirar todo o câncer de pele com margens de segurança. Abaixo listo alguns métodos possíveis de tratamento, a depender do tipo de câncer, do perfil de saúde do paciente.
Métodos de prevenção do câncer de pele.
Pensando na exposição a radiação ultravioleta, quanto maior a exposição, maior o risco de câncer de pele. Então, os hábitos de vida e o lugar onde você reside são determinantes para o tipo de prevenção que se deve realizar. Então anota aí alguns cuidados básicos:
A dermatite ou eczema atópico é uma condição crônica e recorrente da pele que causa inflamação, coceira e irritação na pele.
A dermatite atópica é considerada uma condição de base genética e está associada a uma resposta imunológica anormal e a uma barreira cutânea comprometida. Vários fatores, como alergias, sensibilidade a certos alimentos, exposição a irritantes, estresse emocional e alterações climáticas, podem desencadear ou agravar os sintomas da doença.
A idade de início pode acontecer desde o nascimento (recém-nascido), como na infância, adolescência e idade adulta (jovem ou idoso).
Não é contagiosa, visto que existe essa associação genética individual. Mas pode ter outras doenças associadas como asma e rinite.
Os sintomas da dermatite atópica variam de leves a graves e podem incluir:
O tratamento da dermatite atópica visa aliviar os sintomas, controlar as crises e melhorar a qualidade de vida do paciente. Isso pode envolver o uso de cremes e pomadas tópicas para hidratar a pele, reduzir a inflamação e controlar a coceira. Em casos mais graves, usamos medicamentos, como corticosteroides tópicos ou orais, imunomoduladores tópicos ou medicamentos antialérgicos, imunobiológicos sistêmicos (dupilumabe/Dupixent) ou tópicos, inibidores da JAK (upadacitinibe/Rinvoq; baricitinibe/olumiant).
Cuidados gerais podem já diminuir crises. Esses cuidados incluem principalmente manter a barreira cutânea íntegra.
O vitiligo é uma condição de pele crônica que se caracteriza pela perda progressiva de pigmentação, resultando na formação de manchas brancas irregulares em diferentes partes do corpo. A doença ocorre devido à destruição ou disfunção dos melanócitos, as células responsáveis pela produção do pigmento melanina, que dá cor à pele, cabelos e olhos.
As manchas de vitiligo podem ocorrer em qualquer área do corpo, mas são mais comuns em locais como mãos, rosto, cotovelos, joelhos, pés e genitais. Elas podem variar em tamanho e formato e geralmente possuem bordas irregulares.
A causa exata do vitiligo ainda não é completamente compreendida, mas acredita-se que seja uma doença autoimune, na qual o sistema imunológico da pessoa ataca e destrói os melanócitos da própria pele. Fatores genéticos também parecem desempenhar um papel importante, já que a condição pode ocorrer em famílias.
Um fato muito importante é que o vitiligo não é uma doença contagiosa, ou seja, não pode ser transmitido de uma pessoa para outra através do contato direto. No entanto, pode causar impacto significativo na qualidade de vida das pessoas afetadas, devido às alterações na aparência física e ao estigma social associado às manchas de pele.
Existem outras doenças autoimunes que podem acompanhar o vitiligo. A relação entre o vitiligo e as doenças autoimunes ocorre porque todas essas condições envolvem o sistema imunológico, que erroneamente ataca células saudáveis do próprio organismo. Alguns exemplos de doenças autoimunes que podem estar relacionadas ao vitiligo incluem:
É importante lembrar que nem todas as pessoas com vitiligo desenvolverão outras doenças autoimunes, e nem todas as pessoas com outras doenças autoimunes desenvolverão vitiligo. Se você tem vitiligo e suspeita de uma possível doença autoimune adicional, é aconselhável consultar o dermatologista para uma avaliação adequada e para discutir quaisquer preocupações específicas relacionadas ao seu caso.
Embora não haja cura definitiva para o vitiligo, existem opções de tratamento disponíveis para controlar os sintomas e melhorar a aparência da pele. Isso pode incluir o uso de medicamentos tópicos, fototerapia (exposição controlada à luz ultravioleta), terapia com laser, microenxertos de pele, MMP com medicamento (5-fluoracil), maquiagem corretiva e medicamentos biológicos (tofacitinibe).
É Fundamental o apoio emocional e psicológico, já que o impacto psicossocial da condição pode ser significativo, com abordagem multiprofissional.
A urticária é uma condição comum da pele caracterizada por erupções cutâneas elevadas, inchadas e avermelhadas, chamadas de urticas ou vergões e podem variar em tamanho e forma – podem surgir em qualquer área do corpo, ser pequenas, isoladas ou se juntarem e formar grandes placas avermelhadas, com desenhos e formas variadas. Essas lesões geralmente são acompanhadas de coceira intensa. A urticária pode ocorrer em qualquer parte do corpo e pode durar algumas horas ou até várias semanas. Aparecem em surtos, podendo surgir em qualquer período do dia ou da noite, durando horas e desaparecendo sem deixar marcas na pele (pode deixar marca do prurido/coceira).
De acordo com o tempo de duração das lesões, classificamos a urticária em aguda ou crônica.
Além dos sintomas cutâneos, em alguns casos, a urticária pode ser acompanhada de inchaço dos lábios, pálpebras, mãos ou pés, conhecido como angioedema. Em situações mais graves, a urticária pode ser acompanhada de sintomas sistêmicos, como dificuldade respiratória, palpitações, tontura e queda da pressão arterial. Essas reações podem ser sinais de uma forma mais grave de urticária, conhecida como angioedema, que requer atenção médica imediata.
Quais exames temos que fazer ao identificar urticária? Quando uma pessoa apresenta urticária, é importante realizar uma investigação médica adequada para determinar a causa subjacente e orientar o tratamento adequado. A investigação geralmente envolve uma avaliação médica detalhada, incluindo:
Lembrando que, em alguns casos, a causa da urticária pode não ser identificada, sendo denominada urticária idiopática ou espontânea. Nesses casos, o tratamento é direcionado para o controle dos sintomas e a melhoria da qualidade de vida do paciente.
O tratamento da urticária geralmente envolve o alívio dos sintomas com medicamentos anti-histamínicos orais, que ajudam a reduzir a coceira e a inflamação da pele. Em casos mais graves ou refratários ao tratamento convencional, podem ser prescritos medicamentos adicionais, como corticosteroides orais ou imunossupressores ou imunobiológicos (omalizumabe/Xolair).
A identificação e a evitação dos fatores desencadeantes também são importantes para prevenir o reaparecimento dos sintomas. Se você está sofrendo com urticária ou apresenta sintomas semelhantes, é recomendado procurar um dermatologista para uma avaliação adequada e um plano de tratamento e investigação personalizado para o teu caso.
Também conhecidas como Doenças Sexualmente Transmissíveis (DSTs), são infecções causadas por micro-organismos, como bactérias, vírus, parasitas e fungos, que podem ser transmitidos através de atividades sexuais desprotegidas, como relação sexual vaginal, anal ou oral, compartilhamento de objetos íntimos contaminados ou de mãe para filho durante a gravidez, parto ou amamentação.
Algumas dessas infecções podem se manifestar como coceira, lesão de pele localizada ou até parecido como uma alergia em todo o corpo.
É importante lembrar que nem todas as ISTs apresentam sintomas visíveis e muitas podem ser assintomáticas, especialmente nos estágios iniciais. Portanto, é fundamental realizar exames de rotina, adotar práticas sexuais seguras (uso de preservativos) e buscar orientação médica regularmente, especialmente ao iniciar um novo relacionamento sexual ou se houver preocupação com uma possível infecção.
O diagnóstico e o tratamento adequados das ISTs são essenciais para prevenir complicações, reduzir a disseminação das infecções e proteger a saúde sexual e reprodutiva de indivíduos sexualmente ativos.
O molusco contagioso é uma infecção viral da pele causada pelo vírus do molusco contagioso (Molluscum contagiosum). É mais comum em crianças, mas também pode afetar adultos, principalmente aqueles com sistema imunológico enfraquecido.
O vírus do molusco contagioso é altamente contagioso e pode ser transmitido por contato direto com uma lesão infectada ou por contato indireto através de objetos contaminados, como toalhas, roupas ou brinquedos. Também pode ser transmitido sexualmente em adultos.
Os sintomas do molusco contagioso incluem pequenas lesões elevadas na pele com uma aparência papulosa e perolada. Essas lesões podem ser únicas ou múltiplas e geralmente têm uma depressão central característica. Elas podem aparecer em qualquer parte do corpo, exceto nas palmas das mãos e nas solas dos pés.
O molusco contagioso geralmente não causa sintomas além das lesões cutâneas. No entanto, em pessoas com sistema imunológico comprometido, como aquelas com HIV/AIDS, diabetes ou que tenham passado por um transplante de órgãos, as lesões podem ser mais extensas e persistentes. Pacientes com dermatite atópica, por terem coceira na pele, podem se auto-inocular de uma forma muito rápida com lesões de molusco contagioso.
A maioria dos casos de molusco contagioso resolve-se espontaneamente ao longo do tempo, geralmente dentro de 6 a 12 meses. No entanto, se as lesões causarem desconforto ou forem esteticamente indesejáveis, podem ser tratadas por um médico. As opções de tratamento incluem:
É importante destacar que, como o molusco contagioso é altamente contagioso, é recomendado evitar o compartilhamento de objetos pessoais, manter a higiene adequada e evitar coçar ou espremer as lesões para evitar a propagação da infecção para outras partes do corpo ou para outras pessoas. Se você suspeita que tem molusco contagioso, é recomendado consultar um dermatologista para avaliação e orientação sobre o tratamento apropriado.
O herpes zoster, também conhecido como cobreiro, é uma infecção viral causada pelo vírus da varicela-zoster (VVZ). Esse é o mesmo vírus responsável pela catapora (varicela). Após uma infecção inicial de varicela, o vírus pode permanecer inativo nos gânglios nervosos por muitos anos e, em determinadas circunstâncias, pode reativar-se, resultando no herpes zoster.
Quando o vírus da varicela-zoster reativa-se, ele se multiplica ao longo de um nervo sensorial específico, causando inflamação e danos no nervo. Isso resulta no aparecimento de uma erupção cutânea dolorosa e vesicular (com bolhas) em uma área do corpo, seguindo o trajeto do nervo afetado.
Os sintomas do herpes zoster podem incluir:
O herpes zoster geralmente afeta uma área específica do corpo, como o tórax, o abdome, o rosto ou as costas, mas pode ocorrer em qualquer parte do corpo. A erupção cutânea do herpes zoster dura cerca de duas a quatro semanas e a dor pode persistir mesmo após a cicatrização da erupção, sendo chamada de neuralgia pós-herpética.
O tratamento do herpes zoster geralmente envolve o uso de medicamentos antivirais para reduzir a gravidade e a duração dos sintomas, especialmente se iniciado precocemente, para tentar evitar sequelas neurológicas. Medicamentos para alívio da dor, como analgésicos e medicamentos tópicos, também podem ser prescritos.
O herpes zoster pode causar várias sequelas ou complicações, especialmente em casos mais graves ou quando não é tratado adequadamente. Algumas das possíveis sequelas do herpes zoster incluem:
É importante ressaltar que nem todas as pessoas que têm herpes zoster desenvolverão sequelas. A maioria dos casos se recupera completamente sem complicações duradouras. No entanto, é fundamental buscar atendimento médico adequado assim que surgirem os primeiros sintomas do herpes zoster, a fim de iniciar o tratamento precoce e minimizar o risco de complicações.
A prevenção do herpes zoster é possível através da vacinação. A vacina contra o herpes zoster, conhecida como vacina Zoster ou vacina da herpes-zoster. A Shingrix é uma vacina recombinante contra o herpes zoster (cobreiro) e é indicada para prevenir o herpes zoster e a neuralgia pós-herpética em adultos com 50 anos de idade ou mais. Ela é considerada a vacina preferencial para prevenção do herpes zoster, superando a vacina anteriormente disponível, a Zostavax. As principais indicações de vacinação com a Shingrix incluem:
É importante consultar um dermatologista especialista na área para verificar a indicação individual de vacinação com a Shingrix, levando em consideração a idade, o histórico de herpes zoster e outras condições de saúde. O esquema de vacinação consiste em duas doses da vacina administradas com intervalo de 2 a 6 meses.
Vale ressaltar que a vacinação com a Shingrix não é recomendada para pessoas que apresentam alergia a algum componente da vacina, mulheres grávidas ou lactantes, e aqueles com doença febril aguda moderada a grave. Como sempre, é importante discutir a vacinação com o médico para obter orientações específicas com base na situação individual de saúde.
Se você suspeita que possa ter herpes zoster, é importante buscar atendimento médico para obter um diagnóstico adequado e iniciar o tratamento apropriado.
A hidradenite supurativa, também conhecida como acne inversa, é uma doença de pele crônica e inflamatória que afeta as glândulas sudoríparas apócrinas, encontradas principalmente nas áreas das axilas, virilha, região genital e região perianal. Essa condição causa a formação de lesões dolorosas, nódulos, abscessos e fístulas na pele.
Os sintomas da hidradenite supurativa podem variar de leve a grave e podem incluir:
A causa exata da hidradenite supurativa não é completamente compreendida, mas acredita-se que seja uma doença inflamatória crônica, possivelmente com base genética. Fatores como obesidade, tabagismo, histórico familiar, alterações hormonais e disfunção do sistema imunológico podem contribuir para o desenvolvimento da doença.
Embora a causa exata da hidradenite supurativa não seja conhecida, é provável que a interação desses fatores desempenhe um papel no desenvolvimento da doença. É importante entender que cada indivíduo pode ter fatores de risco e desencadeantes específicos, e a gravidade da doença pode variar de pessoa para pessoa.
A hidradenite supurativa é classificada em estágios, com base na gravidade e extensão das lesões. A classificação mais comumente usada é a classificação de Hurley, que divide a hidradenite supurativa em três estágios:
É importante observar que nem todos os pacientes com hidradenite supurativa passam por todos os estágios. Além disso, essa classificação é apenas uma maneira de avaliar a gravidade da doença e não determina necessariamente a progressão ou resposta ao tratamento.
A classificação de estágios da hidradenite supurativa auxilia os dermatologistas no planejamento do tratamento e no acompanhamento da doença ao longo do tempo. Cada estágio pode exigir abordagens terapêuticas diferentes, dependendo da gravidade e da resposta individual do paciente ao tratamento.
O tratamento da hidradenite supurativa visa controlar os sintomas, reduzir a inflamação, prevenir infecções e melhorar a qualidade de vida do paciente. As opções de tratamento podem incluir:
É importante procurar um dermatologista especialista em doenças imunomediadas para diagnóstico e tratamento adequados da hidradenite supurativa de forma personalizada, uma vez que o gerenciamento adequado pode ajudar a controlar os sintomas e melhorar a qualidade de vida.
A hiperidrose é uma condição em que uma pessoa produz suor excessivo e anormal, mesmo em situações em que não há necessidade de resfriamento do corpo. Ela afeta as glândulas sudoríparas, responsáveis pela produção de suor.
Existem dois tipos principais de hiperidrose:
Os sintomas da hiperidrose incluem transpiração excessiva mesmo em repouso, suor que interfere nas atividades diárias, umidade nas mãos ou pés, odor desagradável, dificuldade em segurar objetos devido ao suor excessivo e manchas nas roupas.
O impacto da hiperidrose na qualidade de vida pode ser significativo, afetando as interações sociais, o bem-estar emocional e a autoestima. No entanto, existem opções de tratamento disponíveis para controlar os sintomas da hiperidrose, como:
E o suor com odor (bromidrose)? Suor e odor são conceitos distintos, mas estão relacionados. O suor é uma substância líquida produzida pelas glândulas sudoríparas presentes na pele. É uma resposta natural do corpo para regular a temperatura e resfriar o organismo. Existem dois tipos principais de glândulas sudoríparas: as écrinas, que estão presentes em todo o corpo e produzem um suor incolor e inodoro, e as apócrinas, que estão localizadas em áreas específicas, como axilas e região genital, e produzem um suor mais viscoso e rico em substâncias, como lipídios e proteínas.
O odor associado ao suor está relacionado à interação das bactérias presentes na pele com o suor produzido pelas glândulas apócrinas. Quando o suor rico em lipídios e proteínas é liberado, as bactérias presentes na pele decompõem essas substâncias, resultando na produção de compostos odoríferos.
Assim, o suor em si é inodoro, mas o odor desagradável está associado à decomposição bacteriana dos componentes presentes no suor apócrino. Além disso, fatores como a higiene pessoal, a dieta, o uso de certos medicamentos e condições médicas podem influenciar o odor do suor. Para controlar o odor do suor, é importante adotar uma boa higiene pessoal, incluindo banhos regulares, o uso de desodorantes ou antitranspirantes que ajudam a reduzir a proliferação bacteriana e a escolha de roupas de tecidos naturais e respiráveis.
No entanto, é importante destacar que, em alguns casos, um odor corporal mais intenso e desagradável pode ser um sinal de um distúrbio subjacente, como a trimetilaminúria (doença do odor de peixe), e nesses casos é recomendado procurar um dermatologista para uma avaliação adequada e um diagnóstico preciso.
É importante consultar um dermatologista ou médico especializado para um diagnóstico preciso e um plano de tratamento adequado, levando em consideração a causa e a gravidade da hiperidrose e bromidrose.
O impetigo é uma infecção bacteriana da pele altamente contagiosa. É mais comum em crianças, mas também pode afetar adultos. A infecção é causada principalmente por bactérias estafilococos, como Staphylococcus aureus ou Streptococcus pyogenes.
O impetigo geralmente ocorre em áreas da pele que estão danificadas ou irritadas, como arranhões, cortes, picadas de insetos ou eczema. A infecção se espalha através do contato direto com a pele de uma pessoa infectada ou com objetos contaminados, como roupas, toalhas ou brinquedos.
Existem dois tipos principais de impetigo:
Os sintomas comuns do impetigo incluem lesões de pele vermelhas, pequenas bolhas ou pústulas que estouram, formam crostas e podem causar prurido. As crostas geralmente têm uma aparência amarelada ou melicérica. A infecção pode se espalhar para outras áreas da pele se não for tratada adequadamente.
O tratamento do impetigo geralmente envolve a aplicação tópica de antibióticos, como pomadas ou cremes, na área afetada. Em alguns casos, pode ser necessário o uso de antibióticos orais, especialmente quando a infecção é mais extensa ou não melhora com o tratamento tópico. É importante seguir as orientações dermatológicas e manter uma boa higiene pessoal, lavando as mãos regularmente e evitando compartilhar objetos pessoais para prevenir a propagação da infecção.
A foliculite é uma condição inflamatória que afeta os folículos pilosos da pele. Os folículos pilosos são estruturas em forma de pequenos sacos onde crescem os pelos. A foliculite ocorre quando os folículos pilosos ficam infectados ou inflamados, geralmente devido à invasão de bactérias, como Staphylococcus aureus.
Existem diferentes tipos de foliculite, incluindo:
Os sintomas comuns da foliculite incluem pequenas protuberâncias vermelhas ou lesões semelhantes a espinhas ao redor dos folículos pilosos, coceira, dor, sensibilidade e possível formação de pus. Em casos mais graves, pode ocorrer a formação de pústulas ou nódulos maiores.
A foliculite tem um diagnóstico diferencial importante, a pseudofoliculite.
A pseudofoliculite, também conhecida como “cabelo encravado”, é uma condição na qual os pelos curvam e crescem para dentro da pele, causando inflamação e lesões semelhantes a espinhas. Geralmente ocorre em áreas onde os pelos são raspados ou depilados, como a barba, o pescoço, as pernas, a virilha e as axilas. A pseudofoliculite ocorre mais comumente em pessoas com pelos crespos ou encaracolados, pois esses tipos de pelos têm uma tendência maior a curvar e crescer para dentro da pele após serem cortados rente à superfície. Quando os pelos encravam, eles podem causar irritação, coceira, vermelhidão, inflamação e a formação de pequenas protuberâncias cheias de pus chamadas pápulas.
Os principais fatores que contribuem para o desenvolvimento da pseudofoliculite incluem:
Para prevenir a pseudofoliculite, são recomendadas as seguintes medidas:
É importante destacar que, em algumas situações, a pseudofoliculite pode levar à foliculite secundária, ou seja, uma infecção bacteriana secundária pode ocorrer devido à inflamação causada pelo encravado. Nesses casos, o tratamento pode envolver a abordagem tanto da pseudofoliculite quanto da infecção bacteriana resultante.
O tratamento da foliculite depende do tipo e gravidade da infecção. Em casos leves, a foliculite pode desaparecer por si só sem tratamento. No entanto, em casos persistentes ou graves, pode ser necessário o uso de antibióticos tópicos ou orais para tratar a infecção. Também é importante adotar medidas de higiene adequadas, como manter a pele limpa, evitar a irritação dos folículos pilosos e evitar compartilhar objetos de cuidados pessoais. Em casos de foliculite recorrente ou crônica, um dermatologista pode avaliar a causa subjacente e recomendar tratamentos adicionais.
A escabiose, também conhecida como sarna, é uma infestação cutânea causada pelo ácaro Sarcoptes scabiei. Esses ácaros são microscópicos e causam uma infecção contagiosa na pele. A escabiose é transmitida de pessoa para pessoa por meio do contato direto com a pele infectada.
Os sintomas da escabiose incluem:
A escabiose pode afetar pessoas de todas as idades e níveis socioeconômicos. A infestação pode se espalhar facilmente em ambientes onde há contato próximo e prolongado com uma pessoa infectada, como famílias, creches, asilos e instituições.
O diagnóstico da escabiose geralmente é feito com base nos sintomas clínicos e em uma avaliação pelo dermatologista. Em alguns casos, pode ser necessário realizar um raspado de pele para identificar os ácaros, seus ovos sob um microscópio.
O tratamento da escabiose envolve a aplicação de medicamentos tópicos, como loções ou cremes contendo permetrina, permetrina associada a benzil benzoato, ou ivermectina oral em casos mais graves. Além disso, é importante tratar todas as pessoas que tiveram contato próximo com o indivíduo infectado, mesmo que não apresentem sintomas, para prevenir a disseminação da infestação.
Além do tratamento medicamentoso, outras medidas importantes para controlar a escabiose incluem a lavagem completa de roupas, roupas de cama e objetos pessoais, aspiração de móveis e carpetes, além de evitar o contato próximo com pessoas infectadas até que estejam completamente curadas. Deixar os itens em sacos plásticos fechados por pelo menos 3 dias seguintes a aplicação do produto tópico. É fundamental buscar orientação dermatológica para o diagnóstico correto e o tratamento adequado da escabiose.
Um hemangioma é um tipo de tumor benigno composto por vasos sanguíneos anormais que se acumulam na pele ou em outros tecidos do corpo. É mais comum em crianças e geralmente aparece nos primeiros meses de vida. Os hemangiomas são formados por um crescimento excessivo de células endoteliais, que revestem os vasos sanguíneos.
Os hemangiomas podem variar em tamanho, forma e aparência. Inicialmente, podem aparecer como uma mancha de cor vermelha brilhante ou arroxeada na pele. À medida que crescem, podem se tornar protuberâncias elevadas ou apresentar uma aparência semelhante a uma massa. Com o tempo, muitos hemangiomas começam a diminuir de tamanho e podem desaparecer gradualmente.
Existem dois tipos principais de hemangiomas:
A maioria dos hemangiomas não causa sintomas e não requer tratamento, a menos que afetem a função de órgãos importantes, interfiram na visão, respiração, alimentação ou causem desconforto significativo. Em casos onde o tratamento é necessário, opções como medicamentos, terapias a laser, corticosteroides injetáveis ou cirurgia podem ser consideradas, dependendo do tipo e localização do hemangioma.
É importante consultar um dermatologista especialista para avaliar qualquer lesão cutânea suspeita e obter um diagnóstico preciso.
A miliária, também conhecida como “brotoeja” ou “erupção de calor”, é uma condição de pele que ocorre devido à obstrução dos ductos das glândulas sudoríparas. Ela geralmente é causada por exposição prolongada ao calor, alta umidade e transpiração excessiva, o que interfere na capacidade da pele de regular a temperatura corporal. Dentro da dermatologia pediátrica, a brotoeja é uma das causas mais comuns de consultas.
A miliária é mais comum em bebês e crianças pequenas, pois suas glândulas sudoríparas ainda estão em desenvolvimento. No entanto, também pode afetar adultos em certas circunstâncias.
Os principais sintomas da miliária incluem:
Existem três tipos principais de miliária, que variam em termos de profundidade da obstrução das glândulas sudoríparas:
O tratamento da miliária geralmente envolve a redução do calor e da umidade para permitir que a pele se recupere. Isso pode incluir:
– Ficar em um ambiente fresco e bem ventilado.
– Usar roupas leves e respiráveis.
– Evitar a transpiração excessiva.
– Tomar banhos mornos para refrescar a pele.
– Evitar o uso de produtos cosméticos ou cremes gordurosos nas áreas afetadas.
– Em casos mais graves, pode ser necessário o uso de medicamentos tópicos para aliviar a coceira ou reduzir a inflamação.
Em geral, a miliária desaparece espontaneamente em poucos dias ou semanas, assim que as glândulas sudoríparas voltam a funcionar normalmente. No entanto, se os sintomas persistirem ou piorarem, é importante buscar aconselhamento médico para obter um diagnóstico adequado e um plano de tratamento apropriado.
A dermatite de fraldas, também conhecida como assadura de fraldas, é uma condição de pele comum em bebês e crianças pequenas que ocorre devido à irritação da pele na área coberta pela fralda. Ela é causada pela combinação de fatores, como a umidade, o calor, o atrito, as fezes e a urina em contato com a pele sensível do bebê. Gerando uma dermatite de contato irritativa no local.
Os principais sintomas da dermatite de fraldas incluem:
Algumas medidas podem ajudar a prevenir ou tratar a dermatite de fraldas:
Se a dermatite de fraldas persistir ou piorar mesmo com os cuidados adequados, é recomendado buscar a orientação de um dermatologista pediátrico.
As cicatrizes hipertróficas e queloides são tipos de cicatrizes anormais que podem se formar como resultado de um processo de cicatrização excessivo.
As cicatrizes hipertróficas são elevadas, vermelhas ou rosadas, e podem se formar dentro dos limites da ferida original. Elas geralmente melhoram ao longo do tempo, mas podem ser persistentes e causar desconforto ou coceira.
Já os queloides são cicatrizes que se estendem além da área original da lesão, crescendo além das bordas da ferida. Podem ter sintomas de dor e/ou coceira no local. Eles são geralmente espessos, elevados, irregulares e podem ter uma coloração escura. Os queloides tendem a ser mais difíceis de tratar do que as cicatrizes hipertróficas, pois têm uma tendência maior de recorrência após o tratamento.
Os tratamentos para cicatrizes hipertróficas e queloides podem variar de acordo com a gravidade da cicatriz, localização, tamanho e resposta individual do paciente. Alguns dos tratamentos mais comuns incluem:
© Dr. Ivan Silva - Dermatologista - CRM 41079 | RQE 34794