Dermatologia Clínica

A dermatologia clínica é uma subespecialidade dentro da área da dermatologia que se concentra no diagnóstico, acompanhamento e tratamento de doenças e condições dermatológicas. E isso inclui uma ampla variedade de problemas de pele, cabelo, unhas e mucosas. Realizo um exame físico detalhado para observar a pele, procurar sintomas específicos e realizar testes ou biópsias, quando necessário, para chegar a um diagnóstico preciso. Com base nesse diagnóstico, desenvolvo um plano de tratamento adequado, que pode incluir medicamentos tópicos ou orais, terapias, procedimentos cirúrgicos, fototerapia (terapia com luz), procedimentos minimamente invasivos, tratamento com tecnologia de ponta. Uma das principais abordagens da dermatologia clínica é que consigo fornecer orientações sobre cuidados gerais da pele, para o teu tipo de condição de pele e prevenção de doenças, além de realizar exames regulares para detecção precoce de câncer de pele.

Um sinal de pele, é uma alteração na pele que se manifesta como uma marca, mancha ou pápula (com relevo). Esses sinais podem variar em tamanho, forma, cor e textura. O sinal de pele é popularmente conhecido como pinta e dermatologicamente falando são chamados de nevos melanocíticos.

Os nevos melanocíticos são formações benignas compostas por células chamadas melanócitos, que são responsáveis pela produção de melanina, o pigmento que dá cor à pele, cabelos e olhos.  Podem variar em tamanho, cor e forma. Geralmente são de cor marrom ou preta, mas também podem ser avermelhadas, rosadas ou até mesmo incolores. A forma pode ser plana ou elevada, e o tamanho varia desde pequenas manchas até lesões maiores.

A maioria dos nevos melanocíticos é adquirida ao longo da vida e é resultado da genética de cada pessoa e também influenciado pela exposição ao sol. Eles podem aparecer em qualquer parte do corpo, incluindo o couro cabeludo, o rosto, o pescoço, os braços, as pernas, tronco, região genital, palmas das mãos e plantas dos pés. Alguns nevos são presentes desde o nascimento e são chamados de nevos congênitos.

A maioria dos nevos melanocíticos é inofensiva e não requer tratamento. No entanto, é importante estar atento a qualquer mudança na aparência, tamanho, cor ou forma dos nevos, pois pode ser um sinal de alerta para a presença de câncer de pele, como o melanoma.

Quais sinais de alerta ou característica preocupante? Caso o sinal sofra alguma modificação em tamanho e/ou cor em um curto período de tempo; pintas que sangram, coçam, doem, ardem. Existe uma regra chamada ABCDE que podemos usar para tentar identificar alguma lesão suspeita; essa regra pode não ser certeira e alguns tipos de cânceres de pele podem não seguir essa regra, mas contribui para identificar alguma lesão suspeita. A de assimetria, B de bordas irregulares, C de cores diferentes, D diâmetro > 6 mm, e E de evolução. Caso você perceba alguma alteração ou tenha alguma dúvida, o dermatologista deve ser buscado para melhor elucidação diagnóstica.

Como saber se uma pinta pode ser retirada? Caso haja necessidade de alteração na evolução da pinta, ou caso ela tenha alguma alteração a dermatsocopia.

Como se retira uma pinta? Normalmente é realizado no consultório com anestesia local e a lesão deve ser enviada para análise.

Verrugas são lesões cutâneas causadas por infecções virais comuns, principalmente pelo papilomavírus humano (HPV) que infecta as camadas mais superficiais da pele, ele se multiplica rapidamente nessas células levando a crescimentos anormais na queratina da superfície da pele, contribuindo para aparência áspera e elevada, característica das verrugas em couve-flor. As verrugas geralmente têm uma aparência áspera e elevada, podendo variar em tamanho, forma e cor, dependendo do tipo de HPV envolvido. 

Como é transmitido o HPV da verruga? Geralmente por meio de pequenas lesões ou cortes na pele, o HPV é transmitido principalmente por contato direto com a pele infectada, podendo ocorrer através do toque, compartilhamento de objetos pessoais, contato sexual (no caso das verrugas genitais).

É importante ressaltar que nem todas as pessoas infectadas pelo HPV desenvolvem verrugas visíveis. Algumas pessoas podem ser portadoras assintomáticas do vírus, mas ainda assim podem transmiti-lo a outras pessoas. Além disso, as verrugas podem desaparecer espontaneamente ao longo do tempo, mas também podem persistir ou se espalhar sem tratamento adequado.

Quais são os tipos de verrugas? Existem as verrugas vulgaris que são as mais comuns e geralmente aparecem nas mãos, dedos, cotovelos e joelhos. Elas têm uma aparência áspera, elevada e podem ter uma superfície granulada. As verrugas comuns podem variar em tamanho e podem ter pontinhos pretos no centro, conhecidos como pontos negros.

As verrugas plantares aparecem na planta dos pés, frequentemente nas áreas de maior pressão e podem ser dolorosas ao caminhar. As verrugas planas são geralmente pequenas e têm uma aparência plana e lisa; elas costumam aparecer em grupos e são mais comuns no rosto, pescoço, mãos e pernas. Verrugas genitais (condiloma acuminado) são transmitidas principalmente através do contato sexual e afetam as áreas genitais e perianais. Verrugas filiformes têm um aspecto alongado e pendente, com uma aparência semelhante a uma fibra ou filamento.

É importante lembrar que essas descrições são apenas características gerais e que o diagnóstico preciso de qualquer tipo de verruga deve ser feito no consultório por um dermatologista especialista. 

Todas as verrugas precisam ser tratadas? É recomendado devido ao risco de contaminar outras pessoas e alguns casos poder evoluir para cancer de pele, mas também pode ser retirada por razões estéticas, desconforto ou quando as verrugas estão localizadas em áreas que causam interferência com as atividades diárias.

Como é feito o tratamento das verrugas? Podem variar, dependendo do tipo, tamanho, localização e quantidade de verrugas e também da idade do indivíduo. Eles podem incluir medicamentos tópicos de uso domiciliar, congelamento com nitrogênio líquido (crioterapia ou criocirurgia), aplicação de ácidos no consultório (acido nítrico fumegante, ácido tricloroacético), eletrocauterização, terapia a laser, imunoterapia injetável ou remoção cirúrgica. 

Posso tratar as verrugas usando produtos sem consultar? O maior risco é o produto ser cáustico e esse produto cair na pele ao redor da verruga e deixar essa área com uma cicatriz. Portanto, buscar orientação do dermatologista é a melhor saída para o tratamento de verrugas.

Também conhecida como ceratose solar, é uma lesão pré-cancerosa na pele que se desenvolve após exposição crônica à radiação ultravioleta (UV) do sol ou a fontes artificiais de UV, como câmaras de bronzeamento. É mais comum em áreas expostas ao sol, como face, couro cabeludo, orelhas, pescoço, dorso das mãos e antebraços.

A ceratose actínica é caracterizada pelo surgimento de manchas ásperas, escamosas e avermelhadas na pele. Elas podem variar em tamanho e cor, podendo ser desde pequenas manchas até lesões maiores e mais espessas. As lesões costumam ser ásperas ao toque, semelhantes a uma casca áspera ou uma crosta persistente.

Porque realizar o tratamento dessas lesões? Algumas lesões podem evoluir para câncer de pele. No entanto, nem toda lesão evoluirá para câncer de pele. Por não sabermos qual lesão se tornará cancer de pele, é recomendado o tratamento localizado e após, realizar o tratamento de campo.

Como realizar o tratamento? Pode envolver métodos como crioterapia (congelamento com nitrogênio líquido), terapia tópica com medicamentos, curetagem, eletrocauterização, terapia fotodinâmica ou remoção cirúrgica, dependendo do tamanho, localização e quantidade de lesões.

Após o tratamento é comum as lesões voltarem? Pela pele da pessoa que já possui a ceratose actínica ter tido um acúmulo de dano solar grande, é possível que surja uma lesão ao redor (surgimento de uma nova lesão) ou o indíviduo ter alguma lesão de maior recidiva no tratamento (actínica hipertrófica).

Como é feito o tratamento de campo de cancerização? É realizado com tratamento tópico de uso domiciliar nos casos de maior risco para desenvolvimento de novas lesões de ceratoses actínicas.

Como previnir o surgimento de ceratoses actínicas? Uma forma efetiva seria uso de protetor solar para prevenção de câncer de pele, essa forma de prevenção já previne contra as ceratoses actínicas.

O melasma é uma condição dermatológica comum que provoca o surgimento de manchas escuras na pele, especialmente no rosto. É mais comum em mulheres, mas também acomete homens e pode ocorrer devido a uma combinação de fatores genéticos, hormonais e exposição ao sol. Aqui no Brasil, nossa miscigenação racial nos coloca em risco de termos melasma.

As manchas de melasma geralmente são simétricas e têm uma coloração marrom ou acastanhada. Elas podem variar em tamanho e formato, aparecendo principalmente nas áreas da testa, bochechas, nariz, lábio superior e queixo. Pode surgir em áreas extrafaciais como no colo, antebraços e braços. O melasma não causa sintomas físicos além das manchas, mas pode ser uma preocupação estética e psicológica para muitas pessoas.

Por que tratar o melasma? Ele pode ter um impacto significativo no bem-estar psicológico das pessoas afetadas. As manchas escuras na pele podem afetar a autoestima, a autoimagem e a confiança, levando a sentimentos de vergonha, frustração, ansiedade e até mesmo depressão em alguns casos. O melasma pode ser percebido como uma marcação indesejada e pode fazer com que as pessoas se sintam autocríticas em relação à sua aparência. Isso pode levar a um isolamento social e a evitar situações em que a pele esteja exposta, afetando negativamente a qualidade de vida. Além disso, o melasma pode ser uma condição crônica e persistente, o que pode aumentar a carga emocional e a frustração associadas à sua gestão. O processo de tratamento pode ser demorado e nem sempre garantir resultados completos, o que pode causar desânimo e desesperança em algumas pessoas.

Qual é a causa do melasma? A causa exata do melasma não seja totalmente compreendida, a exposição ao sol com a radiação ultravioleta (UV) do sol é um dos principais desencadeadores do melasma. A exposição ao sol estimula a produção de melanina, o pigmento responsável pela coloração da pele. Pessoas com melasma tendem a ter uma resposta exagerada à exposição solar, levando ao surgimento de manchas escuras.

Alguns fatores hormonais podem influenciar (principalmente na gestação). A Predisposição genética principalmente de pessoas com parentes próximos que têm melasma podem ter um maior risco de desenvolver a condição. Alguns outros fatores podem influenciar como distúrbios da tireoide e desequilíbrios hormonais, podem estar associadas ao melasma. Além disso, certos medicamentos, como alguns anticonvulsivantes e medicamentos hormonais, podem desencadear ou agravar o melasma em algumas pessoas.

É importante ressaltar que o melasma pode ser influenciado por uma combinação desses fatores. Cada pessoa é única, e os fatores específicos que contribuem para o desenvolvimento do melasma podem variar de caso para caso.

Qual é o tratamento? Muitas pessoas acham que o tratamento é somente realizado com clareadores, mas antes disso, é importante reconhecer o impacto psicológico do melasma e buscar apoio emocional, se necessário. Falar sobre suas preocupações pode ajudar a obter orientação adequada, apoio emocional e estratégias de enfrentamento. É fundamental lembrar que o melasma não define a beleza ou o valor de uma pessoa. Cuidar da saúde mental e buscar um equilíbrio entre a aparência física e a aceitação de si mesmo são aspectos essenciais para enfrentar os desafios emocionais relacionados ao melasma. Já falando de produtos para tratamento, o uso de protetor solar diariamente, chapéus, roupas de proteção solar são essenciais para o tratamento. Além disso, produtos de uso domiciliar como agentes despigmentantes tópicos (como hidroquinona, ácido azelaico, ácido kójico), retinoides, corticosteroides podem ajudar. Tratamentos de última linha no consultório com peelings específicos (temos na clínica a prescrição do melhor clareador tópico para uso em consultório) e também laser (que destrói o pigmento, como se fosse pigmento de tatuagem) que amenizam bastante a coloração do melasma, uniformiza a tonalidade da pele e estimula o colágeno dérmico também perdido por ação do melasma.

A rosácea é uma condição cutânea crônica que afeta principalmente o rosto. Caracterizada por vermelhidão persistente, inflamação e, em alguns casos, lesões semelhantes à acne, a rosácea pode ser uma preocupação estética e também pode causar desconforto físico.

A causa exata da rosácea ainda não é totalmente compreendida. No entanto, existem vários fatores que se acredita contribuírem para o seu desenvolvimento. Alguns dos principais fatores relacionados é a disfunção dos vasos sanguíneos do rosto podem dilatar de forma anormal, causando vermelhidão e inflamação. A inflamação crônica exagerada da pele, resultando em vermelhidão e eventualmente coceira e bolinhas semelhantes a acne. Fatores genéticos. Estudos sugerem que pessoas com rosácea podem ter uma população maior de ácaros Demodex em suas peles, o que pode desencadear uma resposta inflamatória.

Rosácea pode ser eritematosa, papulosa, fimatosa e, também, ocular.

O que pode agravar um quadro de rosácea? Alguns fatores que podem desencadear são a exposição ao sol, alimentos picantes, álcool, variações de temperatura (quente->frio, frio->quente), estresse emocional e certos produtos para a pele.

Quais os sintomas e os sinais da rosácea na pele?

  1. Vermelhidão facial: A vermelhidão persistente é uma característica marcante da rosácea. Ela pode ocorrer em várias partes do rosto, como bochechas, nariz, testa e queixo.
  2. Vasos sanguíneos visíveis: Em alguns casos, a rosácea pode levar ao surgimento de vasos sanguíneos dilatados e visíveis na pele, especialmente nas bochechas e nariz.
  3. Inflamação e lesões: A rosácea pode causar inflamação da pele, resultando em pápulas, pústulas e lesões semelhantes à acne. Essas lesões podem ser dolorosas e deixar marcas na pele.
  4. Sensibilidade cutânea: Muitas pessoas com rosácea têm uma sensibilidade aumentada na pele, tornando-a mais propensa a irritações e reações adversas a produtos tópicos.

Quais os tratamentos possíveis? Embora a rosácea não tenha cura definitiva, existem opções de tratamento disponíveis para controlar os sintomas e melhorar a aparência da pele. O mais importante é ter uma rotina de pele para quem tem rosácea (preferir loções ou gel-creme para restaurar a barreira da pele; sabonetes para pele sensível), protetor solar que não arda/irrite os olhos. Alguns tratamentos comuns incluem o uso de medicamentos tópicos, antibióticos orais, terapia a laser e esses cuidados com a pele específicos para a rosácea.

Quando realizar laser para melhorar a rosácea? Se tiver eritema (vermelhidão) podemos realizar LIP (luz intensa pulsada) ou usar laser mais específico para vasos (1064 nm – ethera ou fotona spectro).

A alergia na pele, também conhecida como dermatite de contato, é uma reação inflamatória da pele causada por uma resposta imunológica exagerada a substâncias estranhas após o contato com a pele do corpo, chamadas alérgenos. Esses alérgenos podem ser diferentes para cada pessoa e incluem substâncias como pólen, pelos de animais, alimentos, medicamentos, produtos químicos, inclusive produtos “naturais” e “óleos essenciais”.
Quais os sintomas? Pode acontecer vermelhidão, coceira, inchaço, descamação, bolhas ou erupções cutâneas.
Existe mais de um tipo de dermatite de contato? Sim, dividimos ela entre alérgica e por irritante primário. A por irritante primário é mais comum.

Como acontece a dermatite de contato alérgica? Quando uma pessoa sensível entra em contato com um alérgeno específico, o sistema imunológico reage produzindo uma resposta imunológica exagerada, liberando substâncias inflamatórias que causam os sintomas característicos da alergia na pele. 

Como acontece a dermatite de contato por irritante primário? A substância que entra em contato com a pele, que se for irritativo para a pele, também poderá causar esses sintomas. Uma das doenças que vimos durante a pandemia é a dermatite de contato por irritante primário devido ao uso constante de álcool gel e também por aumento da frequência da lavagem das mãos – sendo o sabonete e o álcool produtos que ressecam a pele, deixando ela mais sensível e perdendo a barreira de proteção. ela ocorre quando a pele entra em contato direto com uma substância irritante e não alérgica, como produtos químicos, detergentes, ácidos, solventes ou mesmo substâncias ásperas, como certos tecidos ou materiais.

Como saber qual substância tenho alergia? Durante a consulta averiguamos qual método poderemos identificar – existem os exames laboratoriais (sangue), os feitos em consultório (prick test/teste de puntura cutânea e/ou intradérmico e também o patch test/adesivos na pele) e alguns realizados em casa e consultório (teste de desencadeamento).

Quais as formas de tratamento? Após identificado a causa e tratado o processo alérgico, existem formas de dessensibilização (exposição ao agente de forma controlada), para tentar evitar crises. No entanto, alguns casos exigem a suspensão total do agente irritante ou alérgico.

São condições causadas por infecção superficial de fungos que afetam a camada externa da pele, as unhas ou os cabelos. Os fungos responsáveis por essas infecções podem ser encontrados naturalmente na pele, mas em certas condições favoráveis, como um ambiente quente e úmido, eles podem se proliferar e causar sintomas.

Existem diferentes tipos de micoses na pele, cada um com características e sintomas específicos. Alguns exemplos comuns incluem:

  1. Tinea corporis (dermatofitose): É uma infecção fúngica que afeta a pele do corpo, geralmente causando uma erupção circular com bordas vermelhas e coceira intensa. É comumente conhecida como “impinge” ou “tinha do corpo”. Quando acomete região da virilha/inguinal, próximo aos genitais é conhecida como tinea cruris. Quanto acomete os pés é chamada de Tinea pedis (“pé de atleta”). Quanto acomete os fios de cabelo e o couro cabeludo é chamada de Tinea capitis, que pode acontecer queda de cabelo. Quanto acomete as unhas, chamda de tinea ungueal, e clinicamente se manifesta com descolamento da lâmina ungueal, hiperceratose (“massinha” em baixo da unha), várias cores na unha (sendo mais comumente observado tonalidade amarelada e esverdeada).
  2. Candidíase cutânea: É uma infecção fúngica causada pelo fungo Candida. Pode afetar várias áreas da pele, como axilas, virilha, dobras cutâneas e áreas úmidas. Causa coceira, vermelhidão e irritação.
  3. Pitiríase versicolor: também conhecida como micose de praia, é uma infecção fúngica superficial da pele. É causada pelo fungo Malassezia, que é normalmente encontrado na pele, mas pode se proliferar excessivamente em certas condições, levando ao desenvolvimento da infecção. se manifesta como manchas descoloridas na pele, que podem ser mais claras ou mais escuras do que a pele ao redor. Essas manchas podem variar em tamanho e forma, e são mais comuns em áreas do corpo onde há maior produção de óleo, como o tronco, os ombros, o pescoço e os braços. As manchas podem ser acompanhadas de coceira, especialmente quando há sudorese ou exposição ao sol.

Qual o tratamento? O tratamento das micoses na pele geralmente envolve o uso de medicamentos antifúngicos tópicos, como cremes, loções ou sprays, que devem ser aplicados diretamente na área afetada. Em casos mais extensos, graves ou resistentes, podem ser prescritos medicamentos antifúngicos orais. Além disso, é importante manter a pele limpa e seca, evitar compartilhar itens pessoais, como toalhas e roupas, e adotar medidas de higiene adequadas para prevenir a disseminação das infecções fúngicas.

Existem micoses profundas? Sim, existem. Por isso é realmente importante o diagnóstico dermatológico antes de se medicar. Em outras, aqui estão alguns tipos de micoses subcutâneas/sistemicas: esporotricose, cromoblastomicose, micetoma, lobomicose, histoplasmose.

Como tentar prevenir as micoses superficiais? Não existe regra clara, pois cada indivíduo, dependendo dos seus hábitos de vida, será necessária uma orientação individual. Mas, aqui citarei algumas situações que podem te ajudar.
1. Mantenha a pele limpa e seca: Fungos tendem a se proliferar em ambientes úmidos. Portanto, tome banhos regulares e seque bem a pele, especialmente em áreas de dobras e regiões propensas à transpiração, como axilas, virilha e entre os dedos dos pés. 

  1. Evite compartilhar itens pessoais: Não compartilhe toalhas, roupas, escovas, pentes, calçados ou outros objetos de uso pessoal com outras pessoas, pois isso pode aumentar o risco de transmissão de fungos.
  2. Use roupas respiráveis: Dê preferência a roupas leves, soltas e feitas de materiais naturais, como algodão. Roupas justas e tecidos sintéticos podem reter umidade e criar um ambiente favorável ao crescimento de fungos.
  1. Evite andar descalço em locais públicos: Sempre use chinelos ou sapatos ao caminhar em áreas compartilhadas, como piscinas, vestiários, saunas e academias. Isso reduz o contato direto com fungos presentes nessas superfícies.
  2. Mantenha as unhas bem cuidadas: Mantenha as unhas curtas, limpas e bem aparadas. Evite roer as unhas, pois isso pode criar aberturas na pele que facilitam a entrada de fungos.
  3. Evite contato prolongado com água: Se você precisa ter contato prolongado com a água, como durante o trabalho ou atividades recreativas, use luvas impermeáveis para proteger as mãos e pés.
  4. Tenha cuidado com sapatos e meias: Use meias limpas de algodão ou de tecidos que absorvam a umidade. Certifique-se de que os sapatos estejam secos antes de usá-los novamente, especialmente se você transpirar muito.
  5. Mantenha a pele saudável: Uma pele saudável é menos propensa a infecções fúngicas. Mantenha uma alimentação equilibrada, durma o suficiente, reduza o estresse e evite hábitos prejudiciais, como fumar.
  6. Evite autotratar lesões cutâneas: Se você notar alguma lesão na pele que não cicatriza ou que está se espalhando, busque atendimento conosco para um diagnóstico adequado e tratamento apropriado.

Acne é uma condição comum da pele que ocorre quando os folículos capilares da pele ficam obstruídos por sebo (óleo natural da pele) e células mortas associadas a inflamação local, resultando na formação de espinhas, cravos, cistos e inflamações. É mais comumente observada na adolescência devido às mudanças hormonais que ocorrem nessa fase, mas também pode afetar pessoas de outras faixas etárias, incluindo adultos, principalmente em mulheres.

Como ocorre o surgimento da acne? É um processo complexo que envolve vários fatores biológicos, mas é principalmente mediado pela genética individual de cada pessoa. Os principais eventos biológicos envolvidos na formação da acne são:

  1. Hiperprodução de sebo: A produção de sebo é controlada pelas glândulas sebáceas presentes na pele. Durante a adolescência, sob a influência de hormônios sexuais, como os andrógenos, as glândulas sebáceas podem se tornar hiperativas e produzir mais sebo do que o necessário. O excesso de sebo pode obstruir os folículos pilosos da pele.
  2. Obstrução dos folículos pilosos: O aumento da produção de sebo combinado com a descamação excessiva das células da pele pode levar à obstrução dos folículos. A obstrução pode ocorrer na forma de cravos (comedões). Os comedões podem ser abertos (cravos pretos) ou fechados (cravos brancos), dependendo de estar exposto à superfície da pele ou estar coberto por uma fina camada de pele.
  3. Proliferação bacteriana: Bactérias naturalmente presentes na pele, como Propionibacterium acnes, podem se multiplicar nos folículos obstruídos. Essas bactérias se alimentam do sebo e liberam substâncias que podem causar inflamação na pele.
  4. Inflamação: A presença das bactérias no folículo obstruído pode desencadear uma resposta inflamatória do sistema imunológico. Isso resulta na liberação de mediadores inflamatórios, como citocinas, que causam vermelhidão, inchaço e irritação ao redor dos folículos.
  5. Formação de lesões acneicas: A inflamação resultante pode levar ao desenvolvimento de lesões acneicas, como pápulas (lesões elevadas), pústulas (lesões com pus) e nódulos/cistos (lesões mais profundas e dolorosas). Essas lesões podem ser dolorosas e podem deixar cicatrizes quando curam.

Quais os sintomas da acne? Os cravos (comedões abertos ou fechados) também são considerados um evento da acne: são poros obstruídos que ficam abertos e expostos à superfície da pele, apresentando uma coloração preta ou marrom. Lesões inflamadas: as espinhas podem se tornar inflamadas devido à proliferação de bactérias na pele, resultando em lesões avermelhadas e dolorosas. Cistos, nódulos e abscessos: formam-se quando as lesões inflamadas se agravam, resultando em lesões maiores e mais profundas que podem ser sensíveis e causar cicatrizes. Acne eritematosa: aquela cicatriz que fica vermelha na pele, ela é relacionada com o processo inflamatório da acne.

Quais locais do corpo pode surgir? A acne pode ocorrer em várias partes do corpo, incluindo o rosto, pescoço, peito, costas e ombros.

Qual a implicação se eu não tratar a acne? Se a acne não for tratada, ela pode persistir e causar vários problemas, tanto físicos quanto emocionais. Aqui estão algumas possíveis consequências de não tratar a acne:

  1. Cicatrizes: A acne inflamada pode causar cicatrizes permanentes na pele. Essas cicatrizes podem ser deprimidas, elevadas ou manchas escuras, dependendo do tipo e gravidade da acne. As cicatrizes podem afetar negativamente a aparência da pele e a autoestima.
  2. Marcas e manchas: Mesmo sem cicatrizes profundas, a acne pode deixar manchas escuras temporárias ou hiperpigmentação pós-inflamatória na pele. Essas manchas podem persistir por semanas ou meses após o desaparecimento da acne.
  3. Infecções secundárias: Lesões acneicas inflamadas podem ser propensas a infecções secundárias por bactérias. Isso pode levar a complicações e prolongar o tempo de cicatrização.
  4. Agravamento e propagação da acne: A falta de tratamento pode permitir que a acne se agrave e se espalhe para outras áreas do corpo. Lesões inflamadas podem se tornar mais dolorosas e difíceis de tratar.
  5. Impacto emocional: A acne pode ter um impacto significativo na saúde emocional e autoconfiança. Pessoas com acne podem se sentir constrangidas, deprimidas, ansiosas e ter baixa autoestima. Isso pode afetar negativamente a qualidade de vida e os relacionamentos pessoais tanto a curto prazo quanto a longo prazo (principalmente se pensarmos em adolescentes que carregam as “marcas/cicatrizes” ao longo da vida; pode interferir nas atividades sociais, esportivas e acadêmicas, além de causar desconforto físico e emocional).

Todos os tipos de acne são iguais? Não, dependendo da faixa etária e do histórico de cada indivíduo, eventualmente há necessidade de investigações complementares. Existe a acne neonatal (período logo após o nascimento de um bebe), acne da idade adulta (aqui pode surgir a acne da mulher adulta – que pode ser um surgimento recente ou persistente desde a adolescência), acne cosmética (causada por produtos de uso no skin care), erupção acneiforme (quando a pessoa utiliza algum medicamento tópico/sistêmico ou algum agente físico em excesso, como o sol,  e acaba desencadeando um quadro sistêmico).

Quais os tratamentos para a acne? É complexo, pois depende do diagnóstico correto, das condições clínicas de cada indivíduo, dos tratamentos já tentados, e eventualmente após realização de alguns exames de investigação. Mas podemos citar alguns tipos de tratamento. 

  1. Cuidados com a pele: Uma rotina de cuidados com a pele adequada é essencial no tratamento da acne. Isso envolve lavar o rosto com um limpador suave ou usar alguma solução micelar para limpeza, evitar esfregar a pele com força, evitar produtos comedogênicos e usar produtos tópicos, como cremes, loções ou géis, que contenham ingredientes como peróxido de benzoíla, ácido salicílico ou ácido glicólico.
  2. Medicamentos tópicos: São aplicados diretamente na pele para tratamento da acne e também das manchas que sobraram das lesões antigas. Além dos ingredientes mencionados anteriormente, podem ser prescritos retinoides tópicos, como o tretinoína e adapaleno, que ajudam a desobstruir os poros e reduzir a inflamação.
  3. Antibióticos tópicos: Podem ser prescritos para combater a bactéria Propionibacterium acnes e/ou também como efeito anti-inflamatório (diminui a inflamação que fica ao redor dos folículos). Antibióticos tópicos comuns incluem a clindamicina e o eritromicina. E produtos antissépticos como o peróxido de benzoíla.
  4. Medicamentos orais: para acne moderada a grave, podem ser necessários medicamentos orais. Antibióticos como a doxiciclina e a tetraciclina podem ser prescritos para reduzir a inflamação e combater as bactérias. Em casos de acne da idade adulta em mulheres, pode ser indicado o uso de contraceptivos orais combinados, que ajudam a regular os níveis e exposição a receptores hormonais. Em situações mais graves, a isotretinoína oral (famosa marca Roacutan) pode ser recomendada, e requer monitoramento devido a possíveis efeitos colaterais.
  5. Terapia a laser e luz: Tratamentos como terapia com luz azul ou terapia com laser podem ser usados para matar as bactérias associadas à acne e reduzir a inflamação. Esses tratamentos podem ser realizados em um consultório dermatológico.
  6. Extração de comedões: Em casos selecionados, o dermatologista pode realizar a extração manual de comedões ou pústulas inflamadas usando técnicas estéreis.

Como tratar as cicatrizes de acne? O tratamento de cicatrizes de acne pode variar dependendo do tipo e gravidade das cicatrizes. Como há alteração do colágeno/elastina e perda da superficialidade da pele, normalmente esses tratamentos envolvem procedimentos dermatológicos para melhora das lesões.

  1. Cremes e pomadas tópicas: medicamentos formulados com ingredientes como ácido retinoico, ácido glicólico, que podem ajudar a melhorar a aparência das cicatrizes de acne ao longo do tempo. Esses cremes geralmente precisam ser aplicados regularmente por um período prolongado para obter resultados visíveis.
  2. Procedimentos a laser: certos tipos de lasers podem ser usados para tratar cicatrizes de acne. Os lasers fracionados, por exemplo, estimulam a produção de colágeno na pele, ajudando a suavizar as cicatrizes. Laser com comprimento de onda 2940 nm e também o laser de CO2 são os mais efetivos para remodelar colágeno dérmico e superficializar cicatrizes. O fotona é um espectro do 2940 e do 1064 nm semi-ablativo, que também oferece resultados sensacionais.
  3. Microagulhamento: nesse procedimento, pequenas agulhas são usadas para perfurar a pele, estimulando o processo de cicatrização e a produção de colágeno. Isso ajuda a reduzir a aparência das cicatrizes de acne com o tempo. O microagulhamento também pode ser combinado com a aplicação de drug-delivery, medicamentos aplicados após o procedimento para tentar estimular mais a produção de colágeno.
  4. Subcisão: a depender do tipo de cicatriz, há necessidade de rompimento da “trave” de cicatriz que puxa ela pra baixo. É um procedimento cirurgico simples, mas que requer cuidados no pós-operatório pois a área pode ficar arroxeada; reforçar cuidados com sol é essencial.
  5. Preenchimento dérmico: Em certos casos, o preenchimento pode ser usado para elevar as depressões causadas pelas cicatrizes de acne. O preenchimento injeta substâncias, como ácido hialurônico, sob a pele para criar uma aparência mais uniforme. Pode ser realizado a aplicação de bioestimuladores de colágeno como ácido poli-l-lático (sculptra) e/ou hidroxiapatita de cálcio (radiesse, harmonyca) para melhora da aparência das lesões já com estimulo de colágeno por baixo das cicatrizes.
  6. Peeling químico: Os peelings químicos envolvem a aplicação de uma solução química na pele para remover a camada superior danificada e promover a regeneração da pele. Isso pode ajudar a reduzir a aparência das cicatrizes de acne. Pode ser realizado concomitante aos outros tratamentos para otimizar resultados.
  7. Montar um protocolo de tratamento de cicatriz e de acne é essencial para minimizar custos (ser certeiro no tratamento/procedimento para o que incomoda a pessoa) e ter melhores resultados em menor tempo.

A psoríase é uma doença crônica e inflamatória da pele.. É uma condição imuno-mediada, o que significa que o sistema imunológico do corpo ataca as células saudáveis da pele por um desencadeamento genético. Isso resulta em um processo acelerado de crescimento das células da pele, levando à formação de placas espessas, avermelhadas e escamosas.

As causas exatas da psoríase ainda não são completamente compreendidas, mas sabe-se que fatores genéticos e imunológicos desempenham um papel importante. A doença pode ser desencadeada ou agravada por vários fatores, incluindo estresse, infecções, lesões na pele, certos medicamentos e alterações hormonais.

Como biologicamente surgem as lesões? Os linfócitos T desempenham um papel fundamental na psoríase. Em indivíduos afetados, certos subtipos de linfócitos T, como os linfócitos T citotóxicos CD8+ e os linfócitos T auxiliares CD4+, são ativados e infiltram as lesões de psoríase. A ativação dos linfócitos T leva à liberação de várias citocinas pró-inflamatórias, como interleucina-17 (IL-17), interleucina-23 (IL-23), interleucina-22 (IL-22) e fator de necrose tumoral alfa (TNF-α). Essas citocinas desempenham um papel crucial no desenvolvimento da inflamação crônica e na produção excessiva de queratinócitos (células da pele), fazendo com que os queratinócitos se multipliquem rapidamente e migrem para a camada externa da pele, formando as placas espessas de pele, com base avermelhadas e escamosas características da psoríase.

Quais os sintomas da psoríase? Placas vermelhas e escamosas na pele – essas placas geralmente são cobertas por escamas brancas prateadas e podem aparecer em qualquer parte do corpo, mas são mais comuns nos cotovelos, joelhos, couro cabeludo, costas e região sacral. Coceira e desconforto: As placas psoriásicas podem ser acompanhadas de coceira intensa, sensação de queimação ou dor. Unhas afetadas: Algumas pessoas com psoríase podem desenvolver alterações nas unhas, como descoloração, espessamento, sulcos ou desprendimento da unha. Artrite psoriásica: Em alguns casos, a psoríase também pode afetar as articulações, causando inflamação e dor.

A psoríase pode ter uma associação bem importante com outras doenças internas? Sim, estudos científicos têm mostrado uma associação entre a psoríase e um maior risco de doenças cardiovasculares. Pessoas com psoríase têm uma maior probabilidade de desenvolver condições como doença cardíaca coronária (infarto do miocárdio), acidente vascular cerebral (AVC), hipertensão arterial, diabetes tipo 2, dislipidemia (níveis anormais de lipídios no sangue) e obesidade, que são fatores de risco para problemas cardiovasculares. Embora a relação exata entre a psoríase e as doenças cardiovasculares ainda não seja totalmente compreendida, existem várias teorias sobre os mecanismos subjacentes a essa associação que se justificam pela inflamação crônica dos vasos sanguíneos e terem fatores de risco semelhantes (obesidade, resistencia a insulina, dislipidemia, tabagismo, dislipidemia). É recomendado que as pessoas com psoríase realizem exames regulares para avaliar sua saúde cardiovascular, além de adotar hábitos de vida saudáveis, como praticar exercícios físicos regularmente, seguir uma dieta equilibrada, controlar o peso, não fumar e manter um acompanhamento médico adequado.

Quais os tratamentos da psoríase? A psoríase não tem cura, mas existem várias opções de tratamento disponíveis para controlar os sintomas e melhorar a qualidade de vida das pessoas afetadas. Os tratamentos podem incluir terapia tópica (cremes, pomadas), fototerapia (exposição controlada à luz ultravioleta) e medicamentos sistêmicos (como retinoides, imunossupressores ou medicamentos biológicos). O tratamento adequado varia de acordo com a gravidade da condição e as necessidades individuais do paciente, sendo importante consultar um dermatologista especialista em doenças imunomediadas para receber um diagnóstico preciso e um plano de tratamento adequado.

Quais tratamentos imunobiológicos disponíveis no Brasil? Adalimumabe (humira), secuquinumabe (cosentyx), ixequizumabe (taltz), ustequinumabe (stelara), risanquizumabe (skyrizi), guselcumabe (tremfya), brodalumabe (kyntheum).

Como ter acesso a esses medicamentos de alto custo? Hoje em dia o acesso é via SUS (sistema único de saúde). Mesmo consultando e forma particular, o médico consegue emitir uma receita e o beneficiário que é o paciente consegue realizar entrada nos papéis e acesso ao medicamento mesmo sem consultar com médico via SUS.

Consigo esse medicamento via plano de saúde? Sim, os medicamentos, na sua maioria, hoje em dia estão no ROL da ANS (Agencia Nacional de Seguros). Se teu convênio se encaixar na ANS, ele tem o papel de cobrir essa terapia de alto custo, conforme teu contrato com o convênio (cuidar, pois alguns convênios possuem co-participação e o medicamento é parcialmente pago pelo paciente e parcialmente pago pelo convênio). Mesmo consultando de forma particular com médico não-conveniado ao teu plano de saúde, você conseguirá acesso ao medicamento com laudos/declarações do dermatologista especialista nessa área.

Nos meus atendimentos, como sou especialista em terapia com imunobiológicos, caso você tenha indicação a esses medicamentos, mesmo você consultando de forma particular com/sem convênio de saúde, conseguimos acesso ao medicamento da melhor forma para você. Seja via convênio (mesmo que eu não seja vinculado ao teu convênio) ou via SUS (mesmo não atendendo mais no SUS).

O câncer de pele é um tipo de câncer que se desenvolve nas células da pele. É o tipo mais comum de câncer em todo o mundo e ocorre quando as células da pele sofrem danos no material genético (DNA) devido à exposição excessiva aos raios ultravioleta (UV) do sol ou outras fontes de radiação, como camas de bronzeamento. Segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), no Brasil, existem mais de 180 mil novos casos de câncer de pele por ano. Estima-se que 1 entre cada 4 casos de câncer diagnosticados se originam na pele ou nas mucosas.

Existem três principais tipos de câncer de pele:

  1. Carcinoma basocelular (CBC): É o tipo mais comum de câncer de pele e geralmente se desenvolve nas áreas expostas ao sol, como rosto, pescoço e couro cabeludo. O CBC cresce lentamente e raramente se espalha para outras partes do corpo. Apresenta-se como uma lesão perolada, brilhante e com bordas elevadas.
  2. Carcinoma espinocelular (CEC): É o segundo tipo mais comum de câncer de pele. Também se desenvolve em áreas expostas ao sol e pode se espalhar para outras partes do corpo se não for tratado precocemente. O CEC geralmente aparece como uma ferida que não cicatriza, uma lesão escamosa ou um nódulo vermelho.
  3. Melanoma: Embora seja menos comum que os carcinomas, o melanoma é o tipo mais agressivo de câncer de pele e tem maior potencial de se espalhar para outras partes do corpo. Ele se desenvolve a partir das células produtoras de pigmento chamadas melanócitos. Os melanomas geralmente se apresentam como manchas ou pintas assimétricas, com bordas irregulares e diferentes tonalidades de cor.
  4. Além desses três principais tipos, existem também outros tipos menos comuns de câncer de pele, como o carcinoma de células de Merkel e o linfoma cutâneo de células T.

Quais os sintomas do câncer de pele? O câncer de pele pode se assemelhar a algumas lesões benignas como eczemas, verrugas, alergias, pintas; somente um exame completo feito por dermatologista especialista e com dermatoscopia e as vezes biópsia da lesão será necessária para identificação se é realmente câncer de pele ou não. Alguns sintomas e sinais podem ajudar no rastreio, que seguem a seguir: 

  1. Asperezas na pele ou pequenas feridas que sangram facilmente e não cicatrizam. Podem não doer, mesmo em fases mais avançadas.
  2. Protuberâncias ou nódulos ou até úlceras.
  3. Mancha ou ferida que não cicatriza.
  4. Manchas ou pintas escuras novas ou que surgem num sinal pré-existente. Alguns sinais que ajudam a identificar uma lesão suspeita é a regra do ABCDE do melanoma. 

Para que serve a regra do ABCDE? Ela pode ajudar a identificar uma lesão suspeita. No entanto, não substitui consulta com dermatologista. Não deixe de buscar atendimento.

A: Assimetria. Quando um lado da pinta é diferente do outro.

B: Bordo. Quando o contorno da pinta é irregular.

C: Cor. Quando a pinta tem várias tonalidades de cores.

D: Diâmetro. Se a lesão tem mais de 6 milímetros.

E: Evolução. Quando a pinta está modificando (crescendo ou diminuindo).

Se eu identificar um câncer de pele, qual o tratamento? Quanto mais cedo identificarmos, melhores as chances de cura. O melhor tratamento inicialmente é a cirurgia para retirar todo o câncer de pele com margens de segurança. Abaixo listo alguns métodos possíveis de tratamento, a depender do tipo de câncer, do perfil de saúde do paciente.

  1. Cirurgia: excisional serve para retirar todo o tecido acometido. A criocirurgia indicamos para alguns casos de lesões superficiais. Eletrocoagulação e curetagem é um método cirúrgico para alguns tipos de câncer de pele, principalmente os mais superficiais e não agressivos. Cirurgia a laser com laser ablativo e coagulativo de CO2 e/ou 2940 nm, principalmente indicado nos casos superficiais e não invasivos. Cirurgia Micrográfica de Mohs e cirurgia de controle de margens – nesse método realizamos a retirada e vemos no microscópio o material retirado no momento da cirurgia, essa forma de retirada é repetida até não identificar mais tumor no microscópio; é considerada o melhor método de tratamento com vistas a minimizar o risco de recidiva da lesão.
  2. Radioterapia: radiação de alta energia para destruir as células cancerígenas. Pode ser uma opção para certos tipos de câncer de pele, especialmente quando a cirurgia não é viável.
  3. Imunoterapia: essa abordagem estimula o sistema imunológico do corpo a reconhecer e destruir as células cancerígenas. É usada principalmente no tratamento do melanoma avançado.
  4. Terapia alvo (direcionada): alguns cânceres de pele, como o melanoma, podem ser tratados com medicamentos que visam mutações genéticas específicas nas células cancerígenas.

Métodos de prevenção do câncer de pele.

Pensando na exposição a radiação ultravioleta, quanto maior a exposição, maior o risco de câncer de pele. Então, os hábitos de vida e o lugar onde você reside são determinantes para o tipo de prevenção que se deve realizar. Então anota aí alguns cuidados básicos:

  1. Utilizar meios físicos para proteção do sol, principalmente áreas expostas: chapéu de abas largas com trama fechada, bonés, roupas compridas que cubram os braços e pernas, roupas com proteção ultra-violeta. Utilizar óculos escuros.
  2. Se for se expor ao sol, tentar não realizar essa exposição direta no horário das 10-16 horas. Durante esse período, em muitas regiões, os raios UVB e UVA, são mais intensos e podem causar queimaduras solares, envelhecimento precoce da pele e risco de câncer de pele. Caso aconteça exposição nesse horário, cuidar para utilizar os meios físicos que citei acima e usar e abusar e reutilizar protetor solar.
  3. Usar protetor solar com FPS 50 ou mais. Reaplicar o protetor no máximo a cada 2 horas se tiver exposto; se tiver mergulhado, reaplicar mesmo que não tenha passado as 2 horas entre uma aplicação e outra. Protetores com cor protegem mais do que os tradicionais. A quantidade de protetor solar é importante, pois somente usando a quantidade certa conseguimos chegar no FPS que está em bula; uma dica boa é utilizar a “regra da colher de chá”. Se você costuma mergulhar e suar tentar usar produtos em bastão.
  4. O uso de protetor não deve ser somente na praia ou somente em dias de sol. Dias nublados e também no trânsito entre um local e outro, se tivermos próximo a uma janela com claridade, estamos expostos. O protetor solar deve ser parte da rotina.
  5. Não usar câmaras de bronzeamento, o famoso bronzeamento artificial;
  6. Manter a pele bem hidratada.

A dermatite ou eczema atópico é uma condição crônica e recorrente da pele que causa inflamação, coceira e irritação na pele. 

A dermatite atópica é considerada uma condição de base genética e está associada a uma resposta imunológica anormal e a uma barreira cutânea comprometida. Vários fatores, como alergias, sensibilidade a certos alimentos, exposição a irritantes, estresse emocional e alterações climáticas, podem desencadear ou agravar os sintomas da doença.

A idade de início pode acontecer desde o nascimento (recém-nascido), como na infância, adolescência e idade adulta (jovem ou idoso). 

Não é contagiosa, visto que existe essa associação genética individual. Mas pode ter outras doenças associadas como asma e rinite.

Os sintomas da dermatite atópica variam de leves a graves e podem incluir:

  1. Coceira intensa: É um dos sintomas mais comuns e persistentes. A coceira pode ser intensa e levar a coçar a pele, o que piora a irritação e pode causar infecções secundárias.
  2. Erupções cutâneas: As erupções cutâneas na dermatite atópica podem variar em aparência e localização. Elas são geralmente avermelhadas, secas, escamosas e podem formar pequenas bolhas ou crostas.
  3. Pele seca e sensível: A pele afetada pela dermatite atópica tende a ser seca, áspera e sensível. Pode haver descamação e rachaduras na pele.
  4. Áreas de lesões recorrentes: As lesões da dermatite atópica geralmente ocorrem em áreas específicas, como rosto (especialmente bochechas em bebês), pescoço, dobras de cotovelos e joelhos, pulsos e tornozelos; mas pode acontecer em outras áreas.
  5. Distúrbios do sono: A coceira intensa e a irritação da pele podem interferir no sono, causando dificuldades para dormir e fadiga.
  6. Perda e piora da qualidade de vida: devido aos sintomas o indívuo pode ficar com vergonha e diminuir a autoestima. Em crianças é muito importante o tratamento para evitar questões relacionadas a bullying e para ter uma vida sem grandes traumas na infância. 

O tratamento da dermatite atópica visa aliviar os sintomas, controlar as crises e melhorar a qualidade de vida do paciente. Isso pode envolver o uso de cremes e pomadas tópicas para hidratar a pele, reduzir a inflamação e controlar a coceira. Em casos mais graves, usamos medicamentos, como corticosteroides tópicos ou orais, imunomoduladores tópicos ou medicamentos antialérgicos, imunobiológicos sistêmicos (dupilumabe/Dupixent) ou tópicos, inibidores da JAK (upadacitinibe/Rinvoq; baricitinibe/olumiant).

Cuidados gerais podem já diminuir crises. Esses cuidados incluem principalmente manter a barreira cutânea íntegra.

  1. Hidratação da pele: a pele seca é um problema comum na dermatite atópica, portanto, é importante manter a pele bem hidratada. Prefira cremes hidratantes específicos para pele sensível ou propensas a eczema, sem perfume/fragrâncias. Aplique o hidratante logo após o banho, quando a pele ainda está úmida, para ajudar a reter a umidade.
  2. Cuidado no banho: tome banhos ou duchas rápidos e mornos em vez de banhos longos e quentes, que podem ressecar a pele. Use sabonetes suaves, óleos de banho, prefira produtos syndets (que não faça tanta espuma). Não esfregue o sabonete em toda a pele, mantenha somente nas áreas sujas (axilas, virilhas, nádegas, pés), caso tenha sujidade/encardido de terra no restante do corpo, aí sim há necessidade de espalhar sabonete em outras áreas. Não utilize esponjas. No momento da secagem, dê batidinhas suaves com uma toalha macia, tentar evitar esfregar a toalha na pele.
  3. Evitar irritantes: evite o uso de produtos irritantes para a pele, como sabonetes perfumados, loções agressivas, produtos químicos fortes e tecidos ásperos. Opte por produtos suaves, hipoalergênicos e sem perfume. Use detergentes e amaciantes de roupa suaves.
  4. Roupas adequadas: Use roupas de tecidos naturais, como algodão, que são mais suaves para a pele. Evite roupas apertadas ou ásperas que possam irritar a pele.
  5. Gerenciamento do estresse: O estresse emocional pode piorar os sintomas da dermatite atópica. Procure maneiras saudáveis de gerenciar o estresse, como praticar exercícios físicos regulares, técnicas de relaxamento, meditação ou atividades que tragam prazer e alívio.
  6. Consulta médica regular: Faça consultas regulares com um dermatologista para monitorar a condição da pele, ajustar o tratamento conforme necessário e receber orientações personalizadas para o cuidado da pele; nossa pele muda durante a nossa vida, durante o ano, durante viagens. Readequar uma rotina de pele é necessário. Contar com apoio do dermatologista de confiança é muito importante para melhorar sua qualidade de vida e ter um tratamento adequado.

O vitiligo é uma condição de pele crônica que se caracteriza pela perda progressiva de pigmentação, resultando na formação de manchas brancas irregulares em diferentes partes do corpo. A doença ocorre devido à destruição ou disfunção dos melanócitos, as células responsáveis pela produção do pigmento melanina, que dá cor à pele, cabelos e olhos.

As manchas de vitiligo podem ocorrer em qualquer área do corpo, mas são mais comuns em locais como mãos, rosto, cotovelos, joelhos, pés e genitais. Elas podem variar em tamanho e formato e geralmente possuem bordas irregulares.

A causa exata do vitiligo ainda não é completamente compreendida, mas acredita-se que seja uma doença autoimune, na qual o sistema imunológico da pessoa ataca e destrói os melanócitos da própria pele. Fatores genéticos também parecem desempenhar um papel importante, já que a condição pode ocorrer em famílias.

Um fato muito importante é que o vitiligo não é uma doença contagiosa, ou seja, não pode ser transmitido de uma pessoa para outra através do contato direto. No entanto, pode causar impacto significativo na qualidade de vida das pessoas afetadas, devido às alterações na aparência física e ao estigma social associado às manchas de pele.
Existem outras doenças autoimunes que podem acompanhar o vitiligo. A relação entre o vitiligo e as doenças autoimunes ocorre porque todas essas condições envolvem o sistema imunológico, que erroneamente ataca células saudáveis do próprio organismo. Alguns exemplos de doenças autoimunes que podem estar relacionadas ao vitiligo incluem:

  1. Doença de Addison: Uma doença autoimune que afeta as glândulas suprarrenais, resultando em uma produção insuficiente de hormônios.
  2. Tireoidite de Hashimoto: Uma condição em que o sistema imunológico ataca a glândula tireoide, levando a um hipotireoidismo.
  3. Doença celíaca: Uma intolerância ao glúten que afeta o intestino delgado.
  4. Diabetes tipo 1: Uma doença em que o sistema imunológico destrói as células produtoras de insulina no pâncreas.
  5. Artrite reumatoide: Uma doença autoimune que causa inflamação nas articulações.
  6. Lúpus eritematoso sistêmico: Uma doença autoimune crônica que pode afetar vários órgãos e sistemas do corpo.
  7. Doença de Crohn: Uma doença inflamatória intestinal crônica que pode afetar qualquer parte do trato gastrointestinal.
  8. Outras doenças autominues: anemia perniciosa (megaloblástica), hepatite autoimune.

É importante lembrar que nem todas as pessoas com vitiligo desenvolverão outras doenças autoimunes, e nem todas as pessoas com outras doenças autoimunes desenvolverão vitiligo. Se você tem vitiligo e suspeita de uma possível doença autoimune adicional, é aconselhável consultar o dermatologista para uma avaliação adequada e para discutir quaisquer preocupações específicas relacionadas ao seu caso.

Embora não haja cura definitiva para o vitiligo, existem opções de tratamento disponíveis para controlar os sintomas e melhorar a aparência da pele. Isso pode incluir o uso de medicamentos tópicos, fototerapia (exposição controlada à luz ultravioleta), terapia com laser, microenxertos de pele, MMP com medicamento (5-fluoracil), maquiagem corretiva e medicamentos biológicos (tofacitinibe).

É Fundamental o apoio emocional e psicológico, já que o impacto psicossocial da condição pode ser significativo, com abordagem multiprofissional.

A urticária é uma condição comum da pele caracterizada por erupções cutâneas elevadas, inchadas e avermelhadas, chamadas de urticas ou vergões e podem variar em tamanho e forma –  podem surgir em qualquer área do corpo, ser pequenas, isoladas ou se juntarem e formar grandes placas avermelhadas, com desenhos e formas variadas. Essas lesões geralmente são acompanhadas de coceira intensa. A urticária pode ocorrer em qualquer parte do corpo e pode durar algumas horas ou até várias semanas. Aparecem em surtos, podendo surgir em qualquer período do dia ou da noite, durando horas e desaparecendo sem deixar marcas na pele (pode deixar marca do prurido/coceira).

De acordo com o tempo de duração das lesões, classificamos a urticária em aguda ou crônica.

  1. Urticária aguda: é o tipo mais comum e geralmente dura menos de seis semanas. Pode ser desencadeada por diversos fatores, como alimentos, medicamentos, picadas de insetos, infecções, exposição ao frio ou calor, estresse emocional e contato com substâncias irritantes.
  2. Urticária crônica: é menos comum e dura mais de seis semanas, podendo persistir por meses ou até anos. A causa exata da urticária crônica nem sempre é identificada, mas pode estar relacionada a processos autoimunes, estresse emocional ou outros fatores desencadeantes.

Além dos sintomas cutâneos, em alguns casos, a urticária pode ser acompanhada de inchaço dos lábios, pálpebras, mãos ou pés, conhecido como angioedema. Em situações mais graves, a urticária pode ser acompanhada de sintomas sistêmicos, como dificuldade respiratória, palpitações, tontura e queda da pressão arterial. Essas reações podem ser sinais de uma forma mais grave de urticária, conhecida como angioedema, que requer atenção médica imediata.

Quais exames temos que fazer ao identificar urticária? Quando uma pessoa apresenta urticária, é importante realizar uma investigação médica adequada para determinar a causa subjacente e orientar o tratamento adequado. A investigação geralmente envolve uma avaliação médica detalhada, incluindo:

  1. Histórico clínico: identificar os sintomas, frequência e a duração das erupções cutâneas, os fatores desencadeantes suspeitos, a presença de outros sintomas associados, como angioedema (inchaço), e histórico familiar de urticária ou outras condições alérgicas.
  2. Exame físico: examinar a pele para observar as lesões de urticária, avaliar a extensão das erupções cutâneas e verificar a presença de angioedema.
  3. Diário alimentar: em alguns casos, pode ser útil manter um diário alimentar para registrar os alimentos consumidos antes do surgimento das erupções. Isso pode ajudar a identificar possíveis alergias alimentares como causa da urticária.
  4. Testes alérgicos: dependendo do histórico e dos sintomas, temos que solicitar testes alérgicos, como testes cutâneos de alergia ou testes sanguíneos específicos para identificar possíveis alérgenos desencadeantes, como alimentos, medicamentos, picadas de insetos ou substâncias ambientais.
  5. Exames laboratoriais: em alguns casos, podem ser solicitados exames de sangue, como contagem de eosinófilos, níveis de imunoglobulina E (IgE) e testes de função da tireoide, para avaliar possíveis condições subjacentes associadas à urticária.
  6. Exames complementares: Em situações específicas, o médico pode solicitar exames adicionais, como biópsia de pele, para descartar outras condições cutâneas que podem se manifestar com sintomas semelhantes à urticária.

Lembrando que, em alguns casos, a causa da urticária pode não ser identificada, sendo denominada urticária idiopática ou espontânea. Nesses casos, o tratamento é direcionado para o controle dos sintomas e a melhoria da qualidade de vida do paciente.

O tratamento da urticária geralmente envolve o alívio dos sintomas com medicamentos anti-histamínicos orais, que ajudam a reduzir a coceira e a inflamação da pele. Em casos mais graves ou refratários ao tratamento convencional, podem ser prescritos medicamentos adicionais, como corticosteroides orais ou imunossupressores ou imunobiológicos (omalizumabe/Xolair).

A identificação e a evitação dos fatores desencadeantes também são importantes para prevenir o reaparecimento dos sintomas. Se você está sofrendo com urticária ou apresenta sintomas semelhantes, é recomendado procurar um dermatologista para uma avaliação adequada e um plano de tratamento e investigação personalizado para o teu caso.

Também conhecidas como Doenças Sexualmente Transmissíveis (DSTs), são infecções causadas por micro-organismos, como bactérias, vírus, parasitas e fungos, que podem ser transmitidos através de atividades sexuais desprotegidas, como relação sexual vaginal, anal ou oral, compartilhamento de objetos íntimos contaminados ou de mãe para filho durante a gravidez, parto ou amamentação.

Algumas dessas infecções podem se manifestar como coceira, lesão de pele localizada ou até parecido como uma alergia em todo o corpo.

  1. Clamídia: Uma infecção bacteriana que pode afetar os órgãos sexuais (pênis, vagina) tanto em homens quanto em mulheres, causando inflamação, vermelhidão, coceira, corrimento.
  2. Gonorreia: Uma infecção bacteriana que afeta principalmente os órgãos genitais, mas também pode afetar outras partes do corpo, como a garganta e os olhos.
  3. Sífilis: Uma infecção bacteriana que passa por diferentes estágios (primária, secundária e terciária) e pode afetar vários órgãos do corpo, incluindo a pele, cabelos, os órgãos genitais, o coração e o sistema nervoso central. Quanto antes identificar, menores risco de sequelas devido o tratamento ser curativo.
  4. Herpes genital: infecção viral que causa lesões dolorosas na área genital, ânus ou ao redor dessas regiões. Pode ser causada pelo vírus herpes simplex tipo 1 (HSV-1) ou pelo vírus herpes simplex tipo 2 (HSV-2). Existem casos recidivantes que necessitam de tratamento para evitar cicatrizes.
  5. HPV (Papilomavírus humano): infecção viral comum que pode causar verrugas genitais e está associada a certos tipos de câncer, como câncer de colo de útero, ânus, vulva, vagina, pênis e orofaringe.
  6. HIV (Vírus da Imunodeficiência Humana): infecção viral que ataca o sistema imunológico, enfraquecendo-o progressivamente e levando à Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (AIDS).
  7. Hepatite B e C: Infecções virais que afetam o fígado e podem ser transmitidas sexualmente. Podem se tornar crônicas e causar danos hepáticos graves.

É importante lembrar que nem todas as ISTs apresentam sintomas visíveis e muitas podem ser assintomáticas, especialmente nos estágios iniciais. Portanto, é fundamental realizar exames de rotina, adotar práticas sexuais seguras (uso de preservativos) e buscar orientação médica regularmente, especialmente ao iniciar um novo relacionamento sexual ou se houver preocupação com uma possível infecção.

O diagnóstico e o tratamento adequados das ISTs são essenciais para prevenir complicações, reduzir a disseminação das infecções e proteger a saúde sexual e reprodutiva de indivíduos sexualmente ativos.

O molusco contagioso é uma infecção viral da pele causada pelo vírus do molusco contagioso (Molluscum contagiosum). É mais comum em crianças, mas também pode afetar adultos, principalmente aqueles com sistema imunológico enfraquecido.

O vírus do molusco contagioso é altamente contagioso e pode ser transmitido por contato direto com uma lesão infectada ou por contato indireto através de objetos contaminados, como toalhas, roupas ou brinquedos. Também pode ser transmitido sexualmente em adultos.

Os sintomas do molusco contagioso incluem pequenas lesões elevadas na pele com uma aparência papulosa e perolada. Essas lesões podem ser únicas ou múltiplas e geralmente têm uma depressão central característica. Elas podem aparecer em qualquer parte do corpo, exceto nas palmas das mãos e nas solas dos pés.

O molusco contagioso geralmente não causa sintomas além das lesões cutâneas. No entanto, em pessoas com sistema imunológico comprometido, como aquelas com HIV/AIDS, diabetes ou que tenham passado por um transplante de órgãos, as lesões podem ser mais extensas e persistentes. Pacientes com dermatite atópica, por terem coceira na pele, podem se auto-inocular de uma forma muito rápida com lesões de molusco contagioso.

A maioria dos casos de molusco contagioso resolve-se espontaneamente ao longo do tempo, geralmente dentro de 6 a 12 meses. No entanto, se as lesões causarem desconforto ou forem esteticamente indesejáveis, podem ser tratadas por um médico. As opções de tratamento incluem:

  1. Remoção mecânica: técnicas como curetagem (raspagem), crioterapia (congelamento com nitrogênio líquido), eletrocauterização, cauterização química (ácido tricloroácetico, ácido nítrico fumegante) ou excisão cirúrgica para remover as lesões.
  2. Tratamento tópico: certos medicamentos tópicos, como ácido salicílico, ou podofilina, podem ser aplicados diretamente nas lesões para ajudar a removê-las.
  3. Terapia a laser: casos mais persistentes ou extensos, a terapia a laser de CO2, fotona, 2940 erbium, pode ser usada para destruir as lesões do molusco contagioso.

É importante destacar que, como o molusco contagioso é altamente contagioso, é recomendado evitar o compartilhamento de objetos pessoais, manter a higiene adequada e evitar coçar ou espremer as lesões para evitar a propagação da infecção para outras partes do corpo ou para outras pessoas. Se você suspeita que tem molusco contagioso, é recomendado consultar um dermatologista para avaliação e orientação sobre o tratamento apropriado.

O herpes zoster, também conhecido como cobreiro, é uma infecção viral causada pelo vírus da varicela-zoster (VVZ). Esse é o mesmo vírus responsável pela catapora (varicela). Após uma infecção inicial de varicela, o vírus pode permanecer inativo nos gânglios nervosos por muitos anos e, em determinadas circunstâncias, pode reativar-se, resultando no herpes zoster.

Quando o vírus da varicela-zoster reativa-se, ele se multiplica ao longo de um nervo sensorial específico, causando inflamação e danos no nervo. Isso resulta no aparecimento de uma erupção cutânea dolorosa e vesicular (com bolhas) em uma área do corpo, seguindo o trajeto do nervo afetado.

Os sintomas do herpes zoster podem incluir:

  1. Dor: geralmente, a dor é o primeiro sintoma a surgir e pode ser intensa, latejante ou em forma de queimação. A dor geralmente ocorre em uma faixa ou banda de um lado do corpo.
  2. Erupção cutânea: poucos dias ou horas após o início da dor, uma erupção cutânea avermelhada e vesicular (com bolhas) se desenvolve ao longo do trajeto do nervo afetado. As bolhas se enchem de líquido e podem romper-se, formando crostas antes de cicatrizarem.
  3. Sensibilidade: A área afetada pode ficar sensível ao toque e pode haver coceira ou formigamento.
  4. Outros sintomas: Além da dor e da erupção cutânea, algumas pessoas podem apresentar febre, fadiga, dor de cabeça e sensação de mal-estar geral.

O herpes zoster geralmente afeta uma área específica do corpo, como o tórax, o abdome, o rosto ou as costas, mas pode ocorrer em qualquer parte do corpo. A erupção cutânea do herpes zoster dura cerca de duas a quatro semanas e a dor pode persistir mesmo após a cicatrização da erupção, sendo chamada de neuralgia pós-herpética.

O tratamento do herpes zoster geralmente envolve o uso de medicamentos antivirais para reduzir a gravidade e a duração dos sintomas, especialmente se iniciado precocemente, para tentar evitar sequelas neurológicas. Medicamentos para alívio da dor, como analgésicos e medicamentos tópicos, também podem ser prescritos.

O herpes zoster pode causar várias sequelas ou complicações, especialmente em casos mais graves ou quando não é tratado adequadamente. Algumas das possíveis sequelas do herpes zoster incluem:

  1. Neuralgia pós-herpética (NPH): É a complicação mais comum do herpes zoster. Caracteriza-se por dor persistente e intensa na área afetada mesmo após a cicatrização da erupção cutânea. A neuralgia pós-herpética pode durar semanas, meses ou até mesmo anos, afetando negativamente a qualidade de vida do indivíduo.
  2. Cicatrizes: As lesões do herpes zoster podem deixar cicatrizes na pele, especialmente se as bolhas foram coçadas ou se infectaram.
  3. Infecções secundárias: As bolhas do herpes zoster podem ser infectadas por bactérias, o que pode levar a complicações adicionais, como celulite ou abscessos.
  4. Disfunção nervosa: Em casos raros, o herpes zoster pode causar danos permanentes aos nervos afetados, resultando em fraqueza muscular, paralisia, perda de sensibilidade ou disfunção dos órgãos próximos à área afetada.
  5. Complicações oculares: Se o herpes zoster afetar a região facial próxima aos olhos, pode ocorrer inflamação ocular (uveíte), ceratite (inflamação da córnea) ou até mesmo problemas de visão, como redução da acuidade visual.
  6. Outras complicações menos comuns: Em casos graves, o herpes zoster pode causar complicações como encefalite (inflamação do cérebro), meningite (inflamação das membranas que envolvem o cérebro e a medula espinhal) ou pneumonia.

É importante ressaltar que nem todas as pessoas que têm herpes zoster desenvolverão sequelas. A maioria dos casos se recupera completamente sem complicações duradouras. No entanto, é fundamental buscar atendimento médico adequado assim que surgirem os primeiros sintomas do herpes zoster, a fim de iniciar o tratamento precoce e minimizar o risco de complicações.

A prevenção do herpes zoster é possível através da vacinação. A vacina contra o herpes zoster, conhecida como vacina Zoster ou vacina da herpes-zoster. A Shingrix é uma vacina recombinante contra o herpes zoster (cobreiro) e é indicada para prevenir o herpes zoster e a neuralgia pós-herpética em adultos com 50 anos de idade ou mais. Ela é considerada a vacina preferencial para prevenção do herpes zoster, superando a vacina anteriormente disponível, a Zostavax. As principais indicações de vacinação com a Shingrix incluem:

  1. Adultos a partir de 50 anos de idade: A vacina é recomendada para todos os adultos com 50 anos de idade ou mais, independentemente de terem tido ou não o herpes zoster anteriormente, ou se receberam a vacina Zostavax anteriormente.
  2. Pessoas com história de herpes zoster: Mesmo aqueles que já tiveram um episódio de herpes zoster anteriormente podem se beneficiar da vacinação com a Shingrix. A vacina pode ajudar a reduzir o risco de recorrência do herpes zoster.
  3. Pessoas vacinadas anteriormente com a Zostavax: Mesmo aqueles que receberam a vacina Zostavax, a vacina mais antiga contra o herpes zoster, podem se beneficiar da vacinação com a Shingrix. A Shingrix é mais eficaz do que a Zostavax na prevenção do herpes zoster e suas complicações.
  4. Pessoas com história de neuralgia pós-herpética: A vacinação com a Shingrix é recomendada para aqueles que já tiveram neuralgia pós-herpética, pois pode ajudar a prevenir a recorrência dessa complicação dolorosa.
  5. Imunossupressão:  condições médicas que causam imunossupressão, como transplante de órgão, tratamento com medicamentos imunossupressores ou condições imunossupressoras crônicas, podem ser recomendadas a receber a vacina Shingrix antes dos 50 anos. 
  6. Exposição ocupacional ou ambiente de risco: Profissionais de saúde que estão expostos frequentemente ao vírus da varicela-zoster (VVZ) ou trabalhadores em ambientes de risco, como laboratórios que manipulam o VVZ, podem ser considerados para a vacinação com Shingrix antes dos 50 anos.

É importante consultar um dermatologista especialista na área para verificar a indicação individual de vacinação com a Shingrix, levando em consideração a idade, o histórico de herpes zoster e outras condições de saúde. O esquema de vacinação consiste em duas doses da vacina administradas com intervalo de 2 a 6 meses.

Vale ressaltar que a vacinação com a Shingrix não é recomendada para pessoas que apresentam alergia a algum componente da vacina, mulheres grávidas ou lactantes, e aqueles com doença febril aguda moderada a grave. Como sempre, é importante discutir a vacinação com o médico para obter orientações específicas com base na situação individual de saúde.

Se você suspeita que possa ter herpes zoster, é importante buscar atendimento médico para obter um diagnóstico adequado e iniciar o tratamento apropriado.

A hidradenite supurativa, também conhecida como acne inversa, é uma doença de pele crônica e inflamatória que afeta as glândulas sudoríparas apócrinas, encontradas principalmente nas áreas das axilas, virilha, região genital e região perianal. Essa condição causa a formação de lesões dolorosas, nódulos, abscessos e fístulas na pele.

Os sintomas da hidradenite supurativa podem variar de leve a grave e podem incluir:

  1. Nódulos dolorosos: Pequenos nódulos inflamados e dolorosos se formam nas áreas afetadas.
  2. Abscessos: Os nódulos podem evoluir para abscessos, que são coleções de pus.
  3. Fístulas: À medida que a doença progride, podem se formar túneis sob a pele, chamados fístulas, que podem drenar pus e sangue.
  4. Cicatrizes: Com o tempo, a cicatrização repetida das lesões pode levar à formação de cicatrizes.
  5. Dor: A hidradenite supurativa pode ser acompanhada de dor localizada, desconforto e sensibilidade nas áreas afetadas.

A causa exata da hidradenite supurativa não é completamente compreendida, mas acredita-se que seja uma doença inflamatória crônica, possivelmente com base genética. Fatores como obesidade, tabagismo, histórico familiar, alterações hormonais e disfunção do sistema imunológico podem contribuir para o desenvolvimento da doença.

  1. Obstrução dos folículos pilosos: a obstrução dos folículos pilosos desempenhe um papel importante no desenvolvimento da hidradenite supurativa. A obstrução pode ocorrer devido ao acúmulo de células mortas da pele e sebo, levando à inflamação.
  2. Disfunção das glândulas sudoríparas: uma disfunção das glândulas sudoríparas apócrinas, que são glândulas encontradas principalmente em áreas como axilas, virilha e região genital. Essas glândulas podem ficar obstruídas e inflamadas, resultando na formação de lesões dolorosas.
  3. Fatores hormonais: a doença tende a ocorrer após a puberdade, quando os níveis hormonais estão em fluxo. Além disso, algumas mulheres relatam uma piora dos sintomas durante o período menstrual.
  4. Fatores genéticos: Existe uma predisposição genética para a hidradenite supurativa, com histórico familiar sendo observado em alguns casos. Alguns genes associados à função imunológica, resposta inflamatória e cicatrização foram implicados na doença.
  5. Fatores ambientais: tabagismo, obesidade, sudorese excessiva, estresse, atrito repetitivo na pele e calor.

Embora a causa exata da hidradenite supurativa não seja conhecida, é provável que a interação desses fatores desempenhe um papel no desenvolvimento da doença. É importante entender que cada indivíduo pode ter fatores de risco e desencadeantes específicos, e a gravidade da doença pode variar de pessoa para pessoa. 

A hidradenite supurativa é classificada em estágios, com base na gravidade e extensão das lesões. A classificação mais comumente usada é a classificação de Hurley, que divide a hidradenite supurativa em três estágios:

  1. Estágio I: Neste estágio inicial, ocorrem lesões inflamatórias recorrentes, como nódulos, abscessos únicos ou múltiplos, sem formação de tratos sinusais ou cicatrizes significantes. As lesões são localizadas em uma área específica do corpo, como axilas, virilha ou região perianal.
  2. Estágio II: No estágio II, as lesões inflamatórias se tornam mais graves e extensas. Há a presença de tratos sinusais, que são canais anormais que se formam sob a pele, conectando as lesões inflamadas. Esses tratos podem drenar pus e sangue. Cicatrizes e áreas de inflamação crônica também podem estar presentes neste estágio.
  3. Estágio III: O estágio III é o estágio mais avançado e grave da hidradenite supurativa. Neste estágio, as lesões são generalizadas, afetando várias áreas do corpo. Há a presença de múltiplos tratos sinusais interconectados, formando uma rede complexa sob a pele. Cicatrizes extensas e deformidades na pele também podem estar presentes. A inflamação é crônica e recorrente.

É importante observar que nem todos os pacientes com hidradenite supurativa passam por todos os estágios. Além disso, essa classificação é apenas uma maneira de avaliar a gravidade da doença e não determina necessariamente a progressão ou resposta ao tratamento.

A classificação de estágios da hidradenite supurativa auxilia os dermatologistas no planejamento do tratamento e no acompanhamento da doença ao longo do tempo. Cada estágio pode exigir abordagens terapêuticas diferentes, dependendo da gravidade e da resposta individual do paciente ao tratamento. 

O tratamento da hidradenite supurativa visa controlar os sintomas, reduzir a inflamação, prevenir infecções e melhorar a qualidade de vida do paciente. As opções de tratamento podem incluir:

  1. Medidas de autocuidado: Isso pode envolver cuidados adequados da pele, como manter as áreas afetadas limpas e secas, evitar roupas justas e irritantes, utilizar compressas mornas para aliviar a dor e evitar fatores desencadeantes, como tabagismo e obesidade.
  2. Medicamentos tópicos: Alguns cremes ou pomadas tópicas podem ser prescritos para aliviar a inflamação e controlar os sintomas.
  3. Antibióticos: Em casos de infecção ou abscessos, podem ser necessários antibióticos orais ou injetáveis para tratar a infecção.
  4. Tratamentos sistêmicos: Em casos mais graves, podem ser prescritos medicamentos sistêmicos, como retinóides (isotretinoína), corticosteroides ou medicamentos imunossupressores (adalimumabe/Humira) ou biológicos (secuquinumabe/cosentyx) para controlar a inflamação.
  5. Cirurgia: Em casos graves ou resistentes aos tratamentos convencionais, a cirurgia pode ser considerada. Isso pode envolver a remoção de lesões, drenagem de abscessos ou excisão de áreas afetadas.

É importante procurar um dermatologista especialista em doenças imunomediadas para diagnóstico e tratamento adequados da hidradenite supurativa de forma personalizada, uma vez que o gerenciamento adequado pode ajudar a controlar os sintomas e melhorar a qualidade de vida.

A hiperidrose é uma condição em que uma pessoa produz suor excessivo e anormal, mesmo em situações em que não há necessidade de resfriamento do corpo. Ela afeta as glândulas sudoríparas, responsáveis pela produção de suor.

Existem dois tipos principais de hiperidrose:

  1. Hiperidrose primária: Também conhecida como hiperidrose focal, ocorre quando o suor excessivo é limitado a áreas específicas do corpo, como axilas, palmas das mãos, plantas dos pés, rosto ou couro cabeludo. A hiperidrose primária não está relacionada a condições médicas subjacentes e geralmente começa na infância ou adolescência.
  2. Hiperidrose secundária: Nesse tipo de hiperidrose, o suor excessivo é causado por uma condição médica subjacente, como problemas hormonais, distúrbios metabólicos, doenças neurológicas, menopausa, ansiedade, obesidade, certos medicamentos ou efeitos colaterais de medicamentos.

Os sintomas da hiperidrose incluem transpiração excessiva mesmo em repouso, suor que interfere nas atividades diárias, umidade nas mãos ou pés, odor desagradável, dificuldade em segurar objetos devido ao suor excessivo e manchas nas roupas.

O impacto da hiperidrose na qualidade de vida pode ser significativo, afetando as interações sociais, o bem-estar emocional e a autoestima. No entanto, existem opções de tratamento disponíveis para controlar os sintomas da hiperidrose, como:

  1. Antitranspirantes: Antitranspirantes tópicos com alto teor de cloreto de alumínio podem ajudar a reduzir a produção de suor nas áreas afetadas.
  2. Medicamentos: Certos medicamentos podem ser prescritos para reduzir a produção de suor ou bloquear os sinais das glândulas sudoríparas.
  3. Toxina botulínica: A injeção de toxina botulínica em áreas afetadas pode bloquear temporariamente os sinais nervosos que estimulam as glândulas sudoríparas, reduzindo assim a produção de suor.
  4. Procedimentos cirúrgicos: Em casos graves e resistentes a outras formas de tratamento, procedimentos cirúrgicos, como simpatectomia, podem ser considerados para interromper os sinais nervosos que estimulam a produção de suor.
  5. Terapias não invasivas: Outras opções, como terapia com iontoforese (uso de corrente elétrica fraca) ou terapia a laser, podem ser utilizadas para reduzir a produção de suor.

E o suor com odor (bromidrose)? Suor e odor são conceitos distintos, mas estão relacionados. O suor é uma substância líquida produzida pelas glândulas sudoríparas presentes na pele. É uma resposta natural do corpo para regular a temperatura e resfriar o organismo. Existem dois tipos principais de glândulas sudoríparas: as écrinas, que estão presentes em todo o corpo e produzem um suor incolor e inodoro, e as apócrinas, que estão localizadas em áreas específicas, como axilas e região genital, e produzem um suor mais viscoso e rico em substâncias, como lipídios e proteínas.

O odor associado ao suor está relacionado à interação das bactérias presentes na pele com o suor produzido pelas glândulas apócrinas. Quando o suor rico em lipídios e proteínas é liberado, as bactérias presentes na pele decompõem essas substâncias, resultando na produção de compostos odoríferos.

Assim, o suor em si é inodoro, mas o odor desagradável está associado à decomposição bacteriana dos componentes presentes no suor apócrino. Além disso, fatores como a higiene pessoal, a dieta, o uso de certos medicamentos e condições médicas podem influenciar o odor do suor. Para controlar o odor do suor, é importante adotar uma boa higiene pessoal, incluindo banhos regulares, o uso de desodorantes ou antitranspirantes que ajudam a reduzir a proliferação bacteriana e a escolha de roupas de tecidos naturais e respiráveis.

No entanto, é importante destacar que, em alguns casos, um odor corporal mais intenso e desagradável pode ser um sinal de um distúrbio subjacente, como a trimetilaminúria (doença do odor de peixe), e nesses casos é recomendado procurar um dermatologista para uma avaliação adequada e um diagnóstico preciso.

É importante consultar um dermatologista ou médico especializado para um diagnóstico preciso e um plano de tratamento adequado, levando em consideração a causa e a gravidade da hiperidrose e bromidrose.

O impetigo é uma infecção bacteriana da pele altamente contagiosa. É mais comum em crianças, mas também pode afetar adultos. A infecção é causada principalmente por bactérias estafilococos, como Staphylococcus aureus ou Streptococcus pyogenes.

O impetigo geralmente ocorre em áreas da pele que estão danificadas ou irritadas, como arranhões, cortes, picadas de insetos ou eczema. A infecção se espalha através do contato direto com a pele de uma pessoa infectada ou com objetos contaminados, como roupas, toalhas ou brinquedos.

Existem dois tipos principais de impetigo:

  1. Impetigo bolhoso: Caracterizado pela formação de bolhas claras e cheias de líquido que podem estourar e formar crostas amareladas. Essas bolhas geralmente ocorrem no rosto, tronco, braços e pernas.
  2. Impetigo não bolhoso (crostoso ou vesiculoso): Nesse tipo, pequenas vesículas ou pústulas vermelhas aparecem na pele, que se rompem rapidamente e formam crostas melicéricas amareladas ou melanicéricas amarronzadas. Pode ocorrer coceira e sensação de queimação na área afetada.

Os sintomas comuns do impetigo incluem lesões de pele vermelhas, pequenas bolhas ou pústulas que estouram, formam crostas e podem causar prurido. As crostas geralmente têm uma aparência amarelada ou melicérica. A infecção pode se espalhar para outras áreas da pele se não for tratada adequadamente.

O tratamento do impetigo geralmente envolve a aplicação tópica de antibióticos, como pomadas ou cremes, na área afetada. Em alguns casos, pode ser necessário o uso de antibióticos orais, especialmente quando a infecção é mais extensa ou não melhora com o tratamento tópico. É importante seguir as orientações dermatológicas e manter uma boa higiene pessoal, lavando as mãos regularmente e evitando compartilhar objetos pessoais para prevenir a propagação da infecção.

A foliculite é uma condição inflamatória que afeta os folículos pilosos da pele. Os folículos pilosos são estruturas em forma de pequenos sacos onde crescem os pelos. A foliculite ocorre quando os folículos pilosos ficam infectados ou inflamados, geralmente devido à invasão de bactérias, como Staphylococcus aureus.

Existem diferentes tipos de foliculite, incluindo:

  1. Foliculite bacteriana: É a forma mais comum de foliculite e ocorre quando as bactérias entram nos folículos pilosos e causam inflamação. Isso pode ocorrer devido a cortes, arranhões, fricção da pele, uso de roupas apertadas ou depilação inadequada.
  2. Foliculite por pseudomonas: É uma forma de foliculite causada pela bactéria Pseudomonas aeruginosa, que geralmente está associada a exposição prolongada em banheiras de hidromassagem, piscinas ou águas contaminadas.
  3. Foliculite por fungos: Ocorre quando fungos, como o Candida ou Malassezia, infectam os folículos pilosos. Essa forma de foliculite é mais comum em áreas quentes e úmidas do corpo, como a região da virilha.
  4. Foliculite eosinofílica: É uma forma rara de foliculite que pode estar relacionada a uma reação alérgica, infecção parasitária ou doença autoimune.

Os sintomas comuns da foliculite incluem pequenas protuberâncias vermelhas ou lesões semelhantes a espinhas ao redor dos folículos pilosos, coceira, dor, sensibilidade e possível formação de pus. Em casos mais graves, pode ocorrer a formação de pústulas ou nódulos maiores.

A foliculite tem um diagnóstico diferencial importante, a pseudofoliculite.

A pseudofoliculite, também conhecida como “cabelo encravado”, é uma condição na qual os pelos curvam e crescem para dentro da pele, causando inflamação e lesões semelhantes a espinhas. Geralmente ocorre em áreas onde os pelos são raspados ou depilados, como a barba, o pescoço, as pernas, a virilha e as axilas. A pseudofoliculite ocorre mais comumente em pessoas com pelos crespos ou encaracolados, pois esses tipos de pelos têm uma tendência maior a curvar e crescer para dentro da pele após serem cortados rente à superfície. Quando os pelos encravam, eles podem causar irritação, coceira, vermelhidão, inflamação e a formação de pequenas protuberâncias cheias de pus chamadas pápulas.

Os principais fatores que contribuem para o desenvolvimento da pseudofoliculite incluem:

  1. Trauma causado pela raspagem ou depilação: A remoção dos pelos de forma inadequada, como raspagem muito rente à pele ou depilação que puxa o pelo para trás, pode levar ao crescimento incorreto dos pelos.
  2. Tipo de pelo: Os pelos encaracolados têm uma maior probabilidade de curvar-se e crescer para dentro da pele.
  3. Tendência individual: Algumas pessoas têm uma predisposição genética para desenvolver pseudofoliculite.

Para prevenir a pseudofoliculite, são recomendadas as seguintes medidas:

  1. Evitar a raspagem muito rente à pele: Deixe um comprimento mínimo de pelo para permitir que eles cresçam sem curvar-se para dentro da pele.
  2. Utilizar técnicas adequadas de raspagem: Use uma lâmina afiada, enxágue-a frequentemente e raspe na direção do crescimento do pelo.
  3. Hidratar a pele: Mantenha a pele bem hidratada para amaciar os pelos e facilitar a saída deles pela superfície.
  4. Evitar o uso de roupas muito apertadas: O atrito entre a pele e tecidos apertados pode contribuir para o desenvolvimento da pseudofoliculite.

É importante destacar que, em algumas situações, a pseudofoliculite pode levar à foliculite secundária, ou seja, uma infecção bacteriana secundária pode ocorrer devido à inflamação causada pelo encravado. Nesses casos, o tratamento pode envolver a abordagem tanto da pseudofoliculite quanto da infecção bacteriana resultante.

O tratamento da foliculite depende do tipo e gravidade da infecção. Em casos leves, a foliculite pode desaparecer por si só sem tratamento. No entanto, em casos persistentes ou graves, pode ser necessário o uso de antibióticos tópicos ou orais para tratar a infecção. Também é importante adotar medidas de higiene adequadas, como manter a pele limpa, evitar a irritação dos folículos pilosos e evitar compartilhar objetos de cuidados pessoais. Em casos de foliculite recorrente ou crônica, um dermatologista pode avaliar a causa subjacente e recomendar tratamentos adicionais.

A escabiose, também conhecida como sarna, é uma infestação cutânea causada pelo ácaro Sarcoptes scabiei. Esses ácaros são microscópicos e causam uma infecção contagiosa na pele. A escabiose é transmitida de pessoa para pessoa por meio do contato direto com a pele infectada.

Os sintomas da escabiose incluem:

  1. Coceira intensa: A coceira é o sintoma mais comum e é geralmente mais intensa durante a noite. Ela ocorre como uma resposta alérgica aos ácaros e seus resíduos.
  2. Erupção cutânea: Pequenas lesões vermelhas e elevadas podem aparecer na pele, especialmente em áreas como punhos, entre os dedos, axilas, genitais, ao redor dos mamilos, cintura, nádegas e área ao redor dos tornozelos.
  3. Lesões de escavação: Em casos mais avançados de escabiose, podem ocorrer lesões de escavação na pele devido à coceira persistente e ao ato de coçar.

A escabiose pode afetar pessoas de todas as idades e níveis socioeconômicos. A infestação pode se espalhar facilmente em ambientes onde há contato próximo e prolongado com uma pessoa infectada, como famílias, creches, asilos e instituições.

O diagnóstico da escabiose geralmente é feito com base nos sintomas clínicos e em uma avaliação pelo dermatologista. Em alguns casos, pode ser necessário realizar um raspado de pele para identificar os ácaros, seus ovos sob um microscópio.

O tratamento da escabiose envolve a aplicação de medicamentos tópicos, como loções ou cremes contendo permetrina, permetrina associada a benzil benzoato, ou ivermectina oral em casos mais graves. Além disso, é importante tratar todas as pessoas que tiveram contato próximo com o indivíduo infectado, mesmo que não apresentem sintomas, para prevenir a disseminação da infestação.

Além do tratamento medicamentoso, outras medidas importantes para controlar a escabiose incluem a lavagem completa de roupas, roupas de cama e objetos pessoais, aspiração de móveis e carpetes, além de evitar o contato próximo com pessoas infectadas até que estejam completamente curadas. Deixar os itens em sacos plásticos fechados por pelo menos 3 dias seguintes a aplicação do produto tópico. É fundamental buscar orientação dermatológica para o diagnóstico correto e o tratamento adequado da escabiose.

Um hemangioma é um tipo de tumor benigno composto por vasos sanguíneos anormais que se acumulam na pele ou em outros tecidos do corpo. É mais comum em crianças e geralmente aparece nos primeiros meses de vida. Os hemangiomas são formados por um crescimento excessivo de células endoteliais, que revestem os vasos sanguíneos.

Os hemangiomas podem variar em tamanho, forma e aparência. Inicialmente, podem aparecer como uma mancha de cor vermelha brilhante ou arroxeada na pele. À medida que crescem, podem se tornar protuberâncias elevadas ou apresentar uma aparência semelhante a uma massa. Com o tempo, muitos hemangiomas começam a diminuir de tamanho e podem desaparecer gradualmente.

Existem dois tipos principais de hemangiomas:

  1. Hemangioma infantil (também conhecido como hemangioma capilar): É o tipo mais comum e geralmente aparece como uma mancha vermelha plana na pele ao nascimento ou nos primeiros meses de vida. Com o tempo, o hemangioma pode crescer e se tornar elevado, formando uma protuberância ou nódulo. Em muitos casos, o hemangioma começa a regredir espontaneamente após alguns meses ou anos.
  2. Hemangioma cavernoso: É um tipo menos comum de hemangioma que se forma em vasos sanguíneos mais profundos. Geralmente é uma protuberância ou massa de cor azulada ou vermelho escuro. Ao contrário do hemangioma infantil, o hemangioma cavernoso não desaparece naturalmente e pode exigir tratamento médico, dependendo do tamanho, localização e sintomas associados.

A maioria dos hemangiomas não causa sintomas e não requer tratamento, a menos que afetem a função de órgãos importantes, interfiram na visão, respiração, alimentação ou causem desconforto significativo. Em casos onde o tratamento é necessário, opções como medicamentos, terapias a laser, corticosteroides injetáveis ou cirurgia podem ser consideradas, dependendo do tipo e localização do hemangioma.

É importante consultar um dermatologista especialista para avaliar qualquer lesão cutânea suspeita e obter um diagnóstico preciso.

A miliária, também conhecida como “brotoeja” ou “erupção de calor”, é uma condição de pele que ocorre devido à obstrução dos ductos das glândulas sudoríparas. Ela geralmente é causada por exposição prolongada ao calor, alta umidade e transpiração excessiva, o que interfere na capacidade da pele de regular a temperatura corporal. Dentro da dermatologia pediátrica, a brotoeja é uma das causas mais comuns de consultas.

A miliária é mais comum em bebês e crianças pequenas, pois suas glândulas sudoríparas ainda estão em desenvolvimento. No entanto, também pode afetar adultos em certas circunstâncias.

Os principais sintomas da miliária incluem:

  1. Pequenas pápulas ou bolhas vermelhas na pele.
  2. Coceira ou sensação de ardor na área afetada.
  3. Podem ocorrer sensações de picadas ou formigamento na pele.
  4. A erupção cutânea da miliária geralmente se desenvolve em áreas cobertas de roupas ou em áreas onde a pele está mais sujeita ao atrito, como pescoço, costas, axilas, virilha e dobras da pele.

Existem três tipos principais de miliária, que variam em termos de profundidade da obstrução das glândulas sudoríparas:

  1. Miliária cristalina: A forma mais superficial da miliária, que afeta apenas a camada mais externa da pele. Caracteriza-se por pequenas bolhas claras e translúcidas que se rompem facilmente quando pressionadas.
  2. Miliária rubra: A forma mais comum da miliária, que afeta as camadas mais profundas da pele. Caracteriza-se por pequenas pápulas vermelhas e inflamadas, muitas vezes associadas a coceira intensa.
  3. Miliária profunda: A forma mais rara e mais grave da miliária, que afeta as camadas mais profundas da pele. Caracteriza-se por lesões maiores, semelhantes a nódulos, que podem ser dolorosas e podem estar associadas a outros sintomas, como febre e mal-estar.

O tratamento da miliária geralmente envolve a redução do calor e da umidade para permitir que a pele se recupere. Isso pode incluir:

– Ficar em um ambiente fresco e bem ventilado.

– Usar roupas leves e respiráveis.

– Evitar a transpiração excessiva.

– Tomar banhos mornos para refrescar a pele.

– Evitar o uso de produtos cosméticos ou cremes gordurosos nas áreas afetadas.

– Em casos mais graves, pode ser necessário o uso de medicamentos tópicos para aliviar a coceira ou reduzir a inflamação.

Em geral, a miliária desaparece espontaneamente em poucos dias ou semanas, assim que as glândulas sudoríparas voltam a funcionar normalmente. No entanto, se os sintomas persistirem ou piorarem, é importante buscar aconselhamento médico para obter um diagnóstico adequado e um plano de tratamento apropriado.

A dermatite de fraldas, também conhecida como assadura de fraldas, é uma condição de pele comum em bebês e crianças pequenas que ocorre devido à irritação da pele na área coberta pela fralda. Ela é causada pela combinação de fatores, como a umidade, o calor, o atrito, as fezes e a urina em contato com a pele sensível do bebê. Gerando uma dermatite de contato irritativa no local.

Os principais sintomas da dermatite de fraldas incluem:

  1. Vermelhidão na área coberta pela fralda.
  2. Pele irritada, inflamada ou com aspecto de queimadura.
  3. Pápulas vermelhas ou pequenas bolhas.
  4. Pele sensível e dolorosa ao toque.
  5. Pode haver descamação ou crostas na área afetada.

Algumas medidas podem ajudar a prevenir ou tratar a dermatite de fraldas:

  1. Trocar as fraldas frequentemente: É importante trocar as fraldas do bebê regularmente para manter a área limpa e seca. Verifique se a fralda está cheia ou suja e faça a troca imediatamente.
  2. Limpar suavemente a área da fralda: use água morna e um pano macio ou uma toalhinha de algodão para limpar a área delicadamente a cada troca de fralda. Evite o uso de lenços umedecidos com fragrâncias ou produtos químicos irritantes (usar produtos químicos e lenços umedecidos com muita fricção é uma das principais causas iniciais da dermatite de contato irritativo das fraldas).
  3. Deixar a pele secar: Permita que a pele do bebê seque completamente antes de colocar uma nova fralda. Deixe a área exposta ao ar por alguns minutos ou use uma toalha limpa e seca para secar delicadamente.
  4. Aplicar uma camada de barreira: Use uma pomada ou creme de barreira adequado para bebês, que contenha óxido de zinco, para ajudar a proteger a pele da irritação. Aplique uma camada fina na área da fralda a cada troca. Cuidar para não fazer muita força ou fricção nas limpezas das trocas de fraldas.
  5. Evitar fraldas apertadas ou de material irritante: Escolha fraldas de tamanho adequado que não fiquem muito apertadas. Opte por fraldas de algodão ou de materiais respiráveis para permitir a circulação de ar e reduzir a umidade na área.

Se a dermatite de fraldas persistir ou piorar mesmo com os cuidados adequados, é recomendado buscar a orientação de um dermatologista pediátrico.

As cicatrizes hipertróficas e queloides são tipos de cicatrizes anormais que podem se formar como resultado de um processo de cicatrização excessivo.

As cicatrizes hipertróficas são elevadas, vermelhas ou rosadas, e podem se formar dentro dos limites da ferida original. Elas geralmente melhoram ao longo do tempo, mas podem ser persistentes e causar desconforto ou coceira.

Já os queloides são cicatrizes que se estendem além da área original da lesão, crescendo além das bordas da ferida. Podem ter sintomas de dor e/ou coceira no local. Eles são geralmente espessos, elevados, irregulares e podem ter uma coloração escura. Os queloides tendem a ser mais difíceis de tratar do que as cicatrizes hipertróficas, pois têm uma tendência maior de recorrência após o tratamento.

Os tratamentos para cicatrizes hipertróficas e queloides podem variar de acordo com a gravidade da cicatriz, localização, tamanho e resposta individual do paciente. Alguns dos tratamentos mais comuns incluem:

  1. Corticosteroides intralesionais: A injeção de corticosteroides diretamente na cicatriz pode ajudar a reduzir a inflamação e o tamanho da cicatriz.
  2. Crioterapia: O resfriamento da cicatriz com nitrogênio líquido pode ajudar a diminuir a inflamação e a reduzir o tamanho da cicatriz.
  3. Compressão: A aplicação de curativos compressivos, siliconadas, ou o uso de bandagens elásticas pode ajudar a reduzir a tensão na cicatriz, favorecendo uma cicatrização mais plana.
  4. Tratamentos a laser: Diferentes tipos de lasers podem ser utilizados para ajudar a melhorar a aparência das cicatrizes, estimulando a produção de colágeno e reduzindo a vermelhidão.
  5. Excisão cirúrgica: Em alguns casos, a remoção cirúrgica da cicatriz pode ser realizada, seguida de sutura – mas tem que tomar cuidados pós-operatórios para minimizar a chance de recorrência.
  6. Outros tratamentos: Outras opções de tratamento podem incluir radioterapia, terapia com corticosteroides tópicos, terapia de pressão negativa e terapia de injeção de agentes esclerosantes.
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